Se a vida lhe dá limões...
Há uma fruta que, ao meu ver, é a mais injustiçada entre todas.
Perguntei a dez conhecidos qual era a fruta preferida deles.
Resultado: 3 votaram no morango; 3 na melancia; 2 escolheram a laranja; 1 disse banana e o último (esse foi o mais interessante!) respondeu que era o tomate.
Acho que o tomate nem é realmente uma fruta!
Mas, enfim, o fato é que nenhum deles escolheu o limão, nem sequer passou pelo ranking deles essa fruta, o que acho uma grande injustiça!
Se tomarmos como base que geralmente consumimos mais aquilo que preferimos, com certeza o limão deveria figurar na lista da maioria das pessoas.
Pense bem, ele está presente na limonada, no refrigerante, na caipirinha, e o que seria da tequila sem uma fatia dele?
E não se limita apenas as bebidas, está presente na salada, nas carnes, um peixe grelhado com limão...humm!!!
Fora a culinária não podemos esquecer que foi graças a acidez do limão que foi criada a primeira bateria. Ainda me lembro das aulas de ciências do colégio onde espetávamos pedaços de aluminio no fruto e conseguíamos ligar um radinho. Tem até quem o use como produto de limpeza contra gordura!
Algumas frutas possuem um culto particular em torno delas: É festival do morango pra cá, festa da laranja pra lá, até o tomate (que nem sei se é fruta) tem a tomatina dele.
Existe também certo misticismo em torno de outras, como a uva e, principalmente, a maçã: Fruto proibido, maçã do amor, o pomo dourado da discórdia, o ditado da maçã podre, o apelido da maior cidade do mundo (The Big Apple), teve aquela que caiu na cabeça de Isaac Newton, outra que envenenou a Branca de Neve... Ou seja, mais que uma fruta, tornou- se um símbolo.
Enquanto isso, o limão, nada!
Se eu pudesse escolher uma simbologia para ele o colocaria como símbolo da amizade, do companheirismo, afinal, o limão nunca está sozinho.
Não conheço ninguém que descasque essa fruta e a chupe pura!
Ou seja, o limão é muito importante, mas sozinho não é nada!
As vezes nos sentimos como o limão, com aquela sensação de que não somos devidamente reconhecidos por tudo que fazemos e isso nos deixa azedos, ácidos.
É normal que nos sintamos assim e não devemos nos preocupar com isso, contanto que, como o limão, saibamos que sozinhos não somos ninguém e, mesmo que muitas vezes nosso valor não seja reconhecido, não quer dizer que deixamos de tê- lo.
É bem a cara do limão o ditado: "Se a vida lhe dá limões, faça uma limonada!"