PAU PARA TODOS!!
Quase tudo o que consideramos óbvio hoje, assim o é porque filósofos da antiguidade pensaram por e para nós. Depois que inventaram os livros e a internet, permitindo que nos informemos sobre tudo, ignorar os pensamentos desses homens é uma leviandade, que pouco contribui para o desenvolvimento humano.
Para a crônica de hoje eu evoco, Aristóteles, nascido em 384 a.C (15 anos após a morte de Sócrates) em Estagira, a 320 km de Atenas. Ele foi discípulo de Platão durante 20 anos e fundou o Liceu, sua escola de filosofia, onde por meio do seu método peripatético (andando e conversando na Colunata Perípatos) ensinava a seus alunos sobre ética, lógica, política, física, metafísica, psicologia, poesia, retórica, biologia, zoologia, botânica, história natural, etc. Um espetáculo!
Ao nos ensinar sobre a ética, ele nos diz que “a felicidade é o fim ao qual todo ser humano deseja alcançar”, mas que ela “é uma atividade da alma conforme a virtude”. Assim, as virtudes intelectuais que adquirimos na escola, na família e na sociedade, devem servir apenas como meios para chegarmos aos fins que são as virtudes morais. Estas, por sua vez são incorporadas ao nosso caráter por meio de atos moderados e repetitivos para o resto de nossas vidas.
Sobre a lógica, em seu livro Órganon, ele nos ensina sobre silogismos (dedutivos) e sobre pensamentos indutivos, analógicos e entimemas, ensinando-nos a fortalecer nossos argumentos, criticar os pensamentos e a evitar falácias (tolices involuntárias) e sofismas (têm como objetivo enganar o interlocutor).
É dever do Ensino Superior apresentar todos esses conhecimentos aos estudantes, por isso vou “baixar” Aristóteles para bater um papo sério não apenas com Geisy Arruda, a “moça” do microvestido (Mini? Então busca o vídeo do G1 e veja com seus próprios olhos) que foi “vitima” de intolerância numa universidade paulista, mas também com a turba de trogloditas que infernizaram sua vida recentemente.
“Minha discípula, como você sabe, todo ser humano busca a felicidade. Infiro que a sua dependa da sua “beleza”, então você acha bonito oxigenar os cabelos, alongá-los, “pretumar” os olhos, “glossar” os lábios, mostrar as pernocas e o corpão. Alguma esperança de mudar de vida com um “bom casamento”, filha? Isso é bem normal hoje em dia, mas quem pega os caminhos do excesso pode se aborrecer bastante. Por isso, um dia eu lhe recomendei que escolhesse o pudor, quando as opções incluíssem também a impudência (falta de vergonha) ou a timidez.
Outra coisa, onde você estava quando eu lhe ensinei o entimema: “Açougues expõem carnes para seduzir compradores. Algumas mulheres também”. Sei que agora você vai se dar bem, vai arrancar até as “pregas” do pessoal da Uniban, mas, sabe, “bonita”, vou “deixar você no pau” para ver se aprende sobre ética e lógica.
Quanto a vocês, turba de Homo Sapiens, que decepção! Suas imagens atestam que suas cabeças ainda estão contaminadas pelas lembranças dos seus insanos gritos de outrora, pedindo para que os mais fracos fossem devorados pelas feras do Coliseu. Onde vocês estavam quando lhes ensinei que “A parte intelectiva do homem controla a razão e por meio dela as emoções e os sentimentos advindos da sensibilidade”? Aprová-los é um perigo para a humanidade, por isso também os condeno a “ficar no pau” e a reler mil vezes os meus ensinamentos.
Tenho dito!”