No Barril do Zé Bigode (Taubaté)

Outro dia me falaram que no Barril do Zé Bigode além de bom chope, tem uns quibes deliciosos. Eu estranhei e disse, não é o Bar do Bigode? Então explicaram: são dois irmãos, um tem o Bar e o outro o Barril. Fiquei pensando, os dois devem ter bigode...

Sei onde ficam, tanto o Bar quanto o Barril, mas nunca entrei em nenhum, embora eles vivam cheios, assim como outros bares e botecos aqui da cidade. Alguns ficam em lugares privilegiados e são freqüentados pela classe média e alta. Outros, igualmente apinhados de fregueses, situam-se na periferia. Só no caminho da minha casa tem umas cinco portinhas no raio de meio quilômetro.

O que os iguala, porém, do mais badalado ao mais avacalhado, são os nomes exóticos. Afora os dois já citados, tem o Bar do Pereba - very chic, com mesinhas na calçada; o Bar do Alemão - cujo proprietário é negro, a Toca do Gambá, o Bar do Bocó, o Bar do Chico Bunda...

Ultimamente um amigo descobriu e passamos a freqüentar o Bar da Cuca, que fica em frente ao Sítio do Pica-Pau. Apesar de evocar o personagem folclórico (dorme nenê que a Cuca vem pegá), nada tem a ver com Monteiro Lobato. Aliás, já vi um boteco bem encardido com o nome dele. Coitado, deve estremecer na tumba. Mas este, o da Cuca, é legal. Tem só uma portinha na rua, e lá dentro abre-se para um bom jardim, onde – tchan,tchan,tchan – os fumantes se sentem à vontade.

Se houvesse um concurso e eu tivesse que escolher o melhor nome, votaria no Úrtimo Gole, que vim a saber, fica lá nos confins da cidade, justamente diante do ponto final da linha do ônibus. Daí em diante só escuridão, e quiçá, tropeções...