NARCISOS...
Um olhar atento olha sua imensidão, na frente de seu corpo uma única ponte que serve de saída, para sua tola liberdade, que parece ser liberdade, mais ele não entende por onde se libertar, pois a ponte que ele vê, não representa nada apenas é um objeto no qual esse olhar atento tem que passar. Decidido alguns de seus objetos que o ajudam a andar que ele chama de perna desce a ponte acima de um rio tão distante quanto seu olhar, essa nova visão o faz parar para entender esse novo momento de travessia, que parece ser mais uma nova e importante escolha para olhar, pois esses olhos nunca viram a real profundidade das escolhas que sua triste “liberdade” não o fazem ver, o que está diante de seus olhos. Assim, olha o horizonte, o rio, as flores em um campo distante e fica perplexo por alguns instantes que a vida proporciona a si, nessa nova experiência de ver, o que chamamos de perspectiva;
Nosso olhar não entende essa nova forma de ver, o que está adiante, pois aprendeu a vida inteira, a olhar aquilo que lhe era necessário mais não parou para olhar as coisas simples, que uma simples volta a tarde fazia em uma nova e linda experiência, que ele nunca mais vai poder se lembrar, pois seu passado jamais voltará nunca mais ele verá uma porta, um vento batendo em seu corpo, pois resta a esse olhar mais um dia de vida, como resta para todos aqueles que acham que sabem o futuro mais a cada novo dia esse futuro é tão imprevisível quanto as nossas tolas escolhas, se é que são escolhas, se somos sempre conduzidos a escolher aquilo que nos entende, e não aquilo que podemos escolher o que nosso tolo olhar pensa ser mais liberdade a cada dia se torna uma grande prisão que ele infelizmente não vê mais escolhe.
Assim passa mais alguns minutos diante dessa nova e diferente experiência de olhar, simplesmente olhar uma nova perspectiva de escolha, pois olhar é isso escolher o que o que é presente as nossas escolhas, de entender a nossa liberdade, que a cada dia se torna uma grande prisão domiciliar, onde alguns cegos pagam para olhar dentro de algumas paredes: lindos mercados, shoppings, roupas, e outros aperitivos com valor e rotulo, esquecendo eles que tudo que é bom na vida é grátis, como disse o James C Hunter no Livro o Monge e o Executivo, as nossas escolhas para olhar são gratuitas não pagamos para olhar o que é bom, será que pagamos pelo amor?Pelo carinho?Por um abraço?Por um sorriso. Isso é tudo de grátis como dizem na gíria popular 0800, essas sãos as nossas escolhas que me permita dizer lindas pelo menos para mim.
Coisas tão simples que não tem preço, não precisa de investimento, não precisa de compra e ainda existe tolos no mundo que acreditam que essas lindas experiências são compráveis ou tem um certo valor monetário, pois essas nossas escolhas são a causa de nossas decisões ao olhar, visão esta que esse olhar procura em cima de uma ponte que ele tenta atravessar mais não consegue,pois já viu tanto, passou tantas vezes ali no mesmo lugar, mais nunca olhou, se quer observou o que vale na vida, as mínimas coisas que nos dão paz, tranqüilidade e equilíbrio.
Dessas mínimas coisas que escolhemos só com um olhar e nosso “olhar” agora fica ali perplexo parado e estático pois nunca sequer olhou a real importância dos valores que ele tem mais ao menos nunca se deu a chance de olhar,não é olhar de ver mais é olhar de verdade, ver o que há diante dos seus olhos, o que passa pela sua real intensidade ao observar segundos que parecem séculos.
Surge aí então uma nova forma de entender o que esse olhar vê além daquela ponte, a perceber o reflexo das coisas no rio e dele mesmo, ele fica extasiado, pois nunca viu vida mais linda e bela como aquela, que ele estava pela primeira vez vendo e sentindo, ele sobe na ponte e se joga ao rio e ninguém nunca mais o vê...