ALELUIA...
“Meu coração é o que oculta minha face.../
Amargo o tempo todo,/
Por dentro.../
Alegre o tempo todo,/
Por fora.../
Por traz do meu sorriso/
Há um céu de aflição.../
Meus dentes, com o fel de minha língua,/
É o que esconde meu coração...”
[Henrique Diógenis]
O homem em si é a desconstrução da natureza. Por ter a penitência e o pecado de pensar, suas ações serem coordenadas por uma intercomunicação orientada pela linguagem, o “CARA” – esse composto de corpo e mente, mas sem alma alguma – conseguiu transformar pelo avesso toda a natureza, inclusive a sua: o jacarandá virou apartamento de concreto e ferro; o rio secou; a praia não existe mais e o mar, com suas ondas libidinosas, que hoje beija minha calçada, não passa de um esgoto a céu aberto... ora, pode esperar, em breve o pólo norte será o Saara e papai Noel não passará de mais um mendigo na calçada africana! Os brinquedos não sairão da vitrine, já a esmola será um ansioso e muito bem vindo presentinho de natal...
... O mendigo é só mais um espelho nítido das grandes ceias!
O perfume... ah, o perfume nada mais é senão uma farsa que oculta a fragrância do homem, que não passa de um lixo reciclado pelos demônios do seu corpo!...
... O homem não é senão o dejeto fecal expelido pela glória de uma uma miséria sem dor! Ou seria pela dor de uma miséria sem glória? Ou melhor, pela miséria de uma glória sem dor?
Deus cada vez mais está sendo assassinado pela covardia do homem que insiste em querer que esse Deus seja aquilo que o homem quer ser, mas nunca conseguiu!
Morrerei Xingando os deuses babacas... calma “homem de Deus”, ele tem um lugar guardado pra você, deixe de pressa e alvoroço!
Dizem que Hitler rezava no mínimo três vezes ao dia – era um católico fervoroso, o maior genocida do século XX. Mas calma aí, pois o maior genocida do século XXI até então, George W. Bush, é protestante, e, pelo que sei, ora diariamente aos berros e pavores!
Quer dizer que irei para o inferno por causa de um simples texto como este? Já sei que existe muito lugar além do inferno, então...
... Quem sabe a Terra!