O APAGÃO
Um blecaute de causas desconhecidas é a primeira informação para todos, desde aos mais humildes e desconhecidos até aos de mais alta instância, inclusive a mídia.
Há uma suposição de que a origem tenha se dado na estação de Itabará, em São Paulo. Agora, quase onze horas, foi dito que às 16 horas será feito um pronunciamento oficial.
Tal ocorrência em mais de 20% do Brasil se deu ontem, ou seja, SETENTA MILHÕES de pessoas no país; e aqui no Rio, no meio da novela “BELA A FEIA”, de repente: O NEGRO SE ESTABELECEU E MUITA COISA ACONTECEU/ ESCURO GENERALIZADO/ NÃO ERA SÓ EM SUA PRÓPRIA CASA/ ERA A CIDADE DO RIO TOTALMENTE ÀS ESCURAS E DITO QUE FOI A ÁREA MAIOR DO APAGÃO. Telefones fixos e celulares rapidamente ficaram sem uso. Ausência total de informação. Pânico em muitos lugares e arrastões; e até bandidos roubando pessoas e fugindo.
Eu estava despreparada sem qualquer recurso material de fazer um ponto de luz: sem velas, sem lanterna, o que me alerta que é bom se ter em casa guardado, e em local de fácil acesso, um rádio de pilhas ao alcance, Pilhas ou baterias, lampião a gás, castiçais e estoque de velas, fósforos e/ou isqueiro.
E CALMA.
Gravíssimo o acontecido. É só na minha casa? É o prédio todo? É parte da cidade? “Radinho de Pilha” é arrastão no Maracanã? Pelo telefone fixo c/a filha, sou informada que a Barra está toda no escuro. Pelo celular c/ o filho ele liga um radinho e se supõe que o Brasil todo está no escuro. A luz do celular e do fixo ao tirar do gancho ajuda um pouquinho e depois cessa o uso do recurso.
Primeiro não senti medo por mim. Mas senti pelo Rio e pelo Brasil, pois estão muito expostos e explorados aqui e internacionalmente.
Comecei a perceber com funciona a cegueira: perde-se a referência totalmente. Mas lembrei que não é preciso ter pena de quem é cego, pois eles, já não sentem falta da visão, desenvolveram outros recursos de se locomover, viver e trabalhar.
Nós é que não vemos nada.
Estranhamente, o céu da Glória e Lapa, e Centro da cidade estava claro e era tarde da noite. Clareava por fora.
Dei-me conta que Saramago deve ter passado por isso para escrever o “ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA”. Muito interessante.
Resolvi acender o gás e tomar um banho enquanto pensava. Pois sou do tipo que penso o tempo todo. Preciso ter muito recurso de “não pensar”: o bordado, as palavras cruzadas, os livros interessantes disponíveis para ler, os cadernos e muitas boas canetas para escrever, plantas na varanda p/ cuidar e refrescar a alma e a casa. Cantar. E o WORD p/ escrever que é a minha paixão atual. Pensar é usar a reflexão e a inteligência o tempo todo. Um adendo: creio que tal não ocorreria se não fosse absolutamente só na vida e sem amor. Amigos e papo são essenciais. No apagão, amigos virtuais não adiantam nada.
Depois do banho, a escuridão parecia maior. Deitei. Comecei a pensar nos morros com pessoas moradores carentes de todos os recursos, e de bandidos e narcotraficantes por perto. Também as pessoas que ainda estavam nas ruas? Como estariam? O Rio virou silêncio total e escuridão. Que Deus proteja a todos, desejo.
Só os bichos e os bichinhos estão bem, pois toda noite é apenas noite para eles. Que é qualidade de vida.
Não precisam de Itaipu, Furnas eusina do Rio Madeira. Espero que o Lula tenha pensado nisso, p/ nosso bem. Bla-bla-blá não resolve nada. Boca fechada e cérebro atento e responsável precisam refletir e serem sérios, como responsáveis.
Hoje pela manhã, provavelmente como todo mundo buscou notícias na TV. Nenhuma emissora sabia nada.
O apagão durou quatro horas no Rio.
Em São Paulo, cerca de duas horas. Minas foi menos afetada por que tem outras fontes de energia. Parece que o Sudeste foi o mais afetado. Mato Grosso do Sul teve blecaute.
Um país ou uma região e uma usina ficarem inoperantes por quatro horas é gravíssimo.
Há que ter um recurso de outra fonte de energia de reserva disponível e de prontidão para cada Usina e para algumas regiões do país, p/ funcionar como um “Plano B”.
Um apagão não pode ultrapassar um pequeno tempo, com riscos de prejuízo p/ as usinas e para os sistemas de linhas de transmissão de energia elétrica para todo o país.
A mídia também precisa se organizar como uma classe de utilidade pública.
O Ministério de Minas e Energia ainda nada sabe, promete informações às 16 horas.
A imprensa mundial abriu seus jornais falando sobre o ocorrido no Brasil. Fala-se até em “haquers” que podem ter poder de interferir nas USINAS e LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO.
Hoje assisti pela primeira vez, Ana Maria no MAIS VOCÊ, programa dela e entrevistava um engenheiro e autoridade que não peguei direito o nome, pois não ligo TV pela manhã, mas hoje queria notícias do que houve. Mas ninguém sabe de nada. Ela é competente, o que é insuportável é o papagaio. Aí ela perde a credibilidade.
Nesta busca de notícias, muitas coisas que não tem nada com falta de energia ficaram expostas, e merecem outra consideração em hora oportuna.
Muito prejuízo e sofrimentos devem ter ocorridos na calada do escuro e do silêncio. É lamentável. Estamos indefesos e somos manipulados, sem o saber.
Mas os sabedores têm que vir a público e falar e prestar conta de tudo. Afinal estão nos seus cargos com este fim.
Um blecaute de causas desconhecidas é a primeira informação para todos, desde aos mais humildes e desconhecidos até aos de mais alta instância, inclusive a mídia.
Há uma suposição de que a origem tenha se dado na estação de Itabará, em São Paulo. Agora, quase onze horas, foi dito que às 16 horas será feito um pronunciamento oficial.
Tal ocorrência em mais de 20% do Brasil se deu ontem, ou seja, SETENTA MILHÕES de pessoas no país; e aqui no Rio, no meio da novela “BELA A FEIA”, de repente: O NEGRO SE ESTABELECEU E MUITA COISA ACONTECEU/ ESCURO GENERALIZADO/ NÃO ERA SÓ EM SUA PRÓPRIA CASA/ ERA A CIDADE DO RIO TOTALMENTE ÀS ESCURAS E DITO QUE FOI A ÁREA MAIOR DO APAGÃO. Telefones fixos e celulares rapidamente ficaram sem uso. Ausência total de informação. Pânico em muitos lugares e arrastões; e até bandidos roubando pessoas e fugindo.
Eu estava despreparada sem qualquer recurso material de fazer um ponto de luz: sem velas, sem lanterna, o que me alerta que é bom se ter em casa guardado, e em local de fácil acesso, um rádio de pilhas ao alcance, Pilhas ou baterias, lampião a gás, castiçais e estoque de velas, fósforos e/ou isqueiro.
E CALMA.
Gravíssimo o acontecido. É só na minha casa? É o prédio todo? É parte da cidade? “Radinho de Pilha” é arrastão no Maracanã? Pelo telefone fixo c/a filha, sou informada que a Barra está toda no escuro. Pelo celular c/ o filho ele liga um radinho e se supõe que o Brasil todo está no escuro. A luz do celular e do fixo ao tirar do gancho ajuda um pouquinho e depois cessa o uso do recurso.
Primeiro não senti medo por mim. Mas senti pelo Rio e pelo Brasil, pois estão muito expostos e explorados aqui e internacionalmente.
Comecei a perceber com funciona a cegueira: perde-se a referência totalmente. Mas lembrei que não é preciso ter pena de quem é cego, pois eles, já não sentem falta da visão, desenvolveram outros recursos de se locomover, viver e trabalhar.
Nós é que não vemos nada.
Estranhamente, o céu da Glória e Lapa, e Centro da cidade estava claro e era tarde da noite. Clareava por fora.
Dei-me conta que Saramago deve ter passado por isso para escrever o “ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA”. Muito interessante.
Resolvi acender o gás e tomar um banho enquanto pensava. Pois sou do tipo que penso o tempo todo. Preciso ter muito recurso de “não pensar”: o bordado, as palavras cruzadas, os livros interessantes disponíveis para ler, os cadernos e muitas boas canetas para escrever, plantas na varanda p/ cuidar e refrescar a alma e a casa. Cantar. E o WORD p/ escrever que é a minha paixão atual. Pensar é usar a reflexão e a inteligência o tempo todo. Um adendo: creio que tal não ocorreria se não fosse absolutamente só na vida e sem amor. Amigos e papo são essenciais. No apagão, amigos virtuais não adiantam nada.
Depois do banho, a escuridão parecia maior. Deitei. Comecei a pensar nos morros com pessoas moradores carentes de todos os recursos, e de bandidos e narcotraficantes por perto. Também as pessoas que ainda estavam nas ruas? Como estariam? O Rio virou silêncio total e escuridão. Que Deus proteja a todos, desejo.
Só os bichos e os bichinhos estão bem, pois toda noite é apenas noite para eles. Que é qualidade de vida.
Não precisam de Itaipu, Furnas eusina do Rio Madeira. Espero que o Lula tenha pensado nisso, p/ nosso bem. Bla-bla-blá não resolve nada. Boca fechada e cérebro atento e responsável precisam refletir e serem sérios, como responsáveis.
Hoje pela manhã, provavelmente como todo mundo buscou notícias na TV. Nenhuma emissora sabia nada.
O apagão durou quatro horas no Rio.
Em São Paulo, cerca de duas horas. Minas foi menos afetada por que tem outras fontes de energia. Parece que o Sudeste foi o mais afetado. Mato Grosso do Sul teve blecaute.
Um país ou uma região e uma usina ficarem inoperantes por quatro horas é gravíssimo.
Há que ter um recurso de outra fonte de energia de reserva disponível e de prontidão para cada Usina e para algumas regiões do país, p/ funcionar como um “Plano B”.
Um apagão não pode ultrapassar um pequeno tempo, com riscos de prejuízo p/ as usinas e para os sistemas de linhas de transmissão de energia elétrica para todo o país.
A mídia também precisa se organizar como uma classe de utilidade pública.
O Ministério de Minas e Energia ainda nada sabe, promete informações às 16 horas.
A imprensa mundial abriu seus jornais falando sobre o ocorrido no Brasil. Fala-se até em “haquers” que podem ter poder de interferir nas USINAS e LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO.
Hoje assisti pela primeira vez, Ana Maria no MAIS VOCÊ, programa dela e entrevistava um engenheiro e autoridade que não peguei direito o nome, pois não ligo TV pela manhã, mas hoje queria notícias do que houve. Mas ninguém sabe de nada. Ela é competente, o que é insuportável é o papagaio. Aí ela perde a credibilidade.
Nesta busca de notícias, muitas coisas que não tem nada com falta de energia ficaram expostas, e merecem outra consideração em hora oportuna.
Muito prejuízo e sofrimentos devem ter ocorridos na calada do escuro e do silêncio. É lamentável. Estamos indefesos e somos manipulados, sem o saber.
Mas os sabedores têm que vir a público e falar e prestar conta de tudo. Afinal estão nos seus cargos com este fim.