Lalaus - classes A, B e C
“LALAUS”, classes A, B, C etc.
Pelas mídias podemos observar nas classes sociais a evolução e violação dos direitos sociais, eventos capazes de servir de estudos para os sociólogos e psiquiatras. Na qualidade de idoso, portanto na contagem regressiva da vida, posso retratar tais eventos a partir da década de 1945/55. Procurarei sintetizar por itens para não tomar o precioso tempo dos poucos que se aventuram a abrir sites para ler:
01 ) – Então, a classe C “produzia” “lalaus” de galinha, de frutas nos sítios, pouquíssimos se aventuravam a, nas madrugadas, penetrar em alguma residência arriscando as vidas Porventura presos, sofriam realmente os rigores da lei e sem os benefícios de bom comportamento;
02 ) - Na classe D, era raro aparecer “lalaus” e os casos eram sempre no setor publico. Era uma classe olhada com certo desprezo pela classe A porque estava se aventurando a evoluir;
03 ) – Na classe A, era para as demais o “céu”, observada pelas com sentimento de inveja pelo desfrute da “riqueza” de então, principalmente porque seus filhos eram enviados para o Velho Continente (Portugal, França e Suíça) para se doutorar, sobretudo se aprimorar no idioma dos seus ancestrais (português) e cursar francês, idioma predominante de então.
Como na época eu “cursava” a classe C, desconheço se havia algum “lalau colarinho branco”.
Então, com o termino da segunda guerra, tendo como consequência o estabelecimento de bases de guerra dos americanos em Natal e Recife, os costumes realmente começaram a se degradar. Particularmente citarei eventos do Recife, cidade que eu percorria vendendo leite e estrume. Aproveitava tais ocasiões para dar “olhada” no Cassino Americano conhecido como USO, local que aventureiras brasileiras se tornaram conhecidas como (Uso de Senhoritas Ordinárias). Soube que muitas se casaram com marines, na época conhecidos com da classe A, comparativamente ao nível pátrio.
O evento da estudante Geisy Arruda, me trouxe a memória um caso de “violação” da ética social. Eu passava pela pracinha do Diário quando começou uma agitação de gente correndo para os lados da rua Nova (não me lembro se o nome ainda era este). Uma marine enfermeira, ousou ir olhar as vitrines com um vestido sumário e mostrado a costa nua. Foi uma agressão aos costumes sociais. A policia evitou que ele fosse depredada. O Diário de Pernambuco e Diário da Manhã publicaram manchetes, porém sem retrato (não havia o neologismo foto), por ser amoral.
Indiscutivelmente, a penetração da cultura americana e a decadência da européia, com o cinema provocou uma revolução ética nos costumes tupiniquins. A indústria cinematográfica, é realmente formadora de opinião. Lembro-me que os filmes de far-western eram alvos de preferência pelos aficionados. As crianças começaram então a “lutar” fazendo gestos com os dois dedinhos, imitando revolver. Nas brincadeiras havia o mocinho e a mocinha, sempre salva da maldade do bandido. Ainda tudo parecia inocente. Porém, depois as telas passaram a exibir filmes de Al Capone e de delegados famosos no combate de bandoleiros. Remontando a análise comparativa de ontem e de hoje:
01 ) - A parte degrada da classe C se especializou em atos de violência, assaltos e toda a especialidade de roubos e violência, indiferente aos rigores da lei e confiantes nas ONGs para defenderem seus direitos de cidadãos;
02 ) - A parte da classe B, evoluiu para desfalques no setor particular e público, aprimorando seus golpes, também confiantes na inoperância da policia e dos controles fiscais, certas que com o produto dos roubos poderão contratar especializados advogados;
03 ) – A degradada e “sofisticada” classe A, não é mais motivo de inveja e admiração da classe B. Ao contrário, percebeu
que poderá conquistar a impunidade dos “colarinhos brancos” desde que faça uso de suas qualidades para alcançar
o mesmo status. Mas ela, a classe A, na evolução social, se propôs e conquistar o poder e assim se proteger com as
carapaças das próprias leis editadas por ela, inclusive pra gozo de “merecidas férias” no exterior e filhos nos colégios
americanos.
A classificada como “trigo” social tem que se conformar em se divertir com os diversos tipos de mídia e pedir a Deus proteção.