A Culpa É Minha e Eu a Coloco em Quem Eu Quiser (humor - causo)
A frase título deste texto foi emprestada do Homer Simpson, o anti-herói principal do seriado de animação "Os Simpsons". Usei-a recentemente num texto de reflexão, mas não pude evitar a tentação de usá-la novamente, agora associada a uma situação real.
Esta semana, bati o carro. Batidinha besta, sem feridos ou muitos estragos. Chuva, trânsito lento, quase parando, e eu encalacrada na faixa do canto, bateu aquela crise claustrofóbica da minha LCRS – Lewis Carroll’s Rabbit Syndrome (tô sempre atrasada). Conseqüência, tentei mudar de faixa, na primeira brecha enfiei o bico do carro na frente de uma dona, a infeliz não me viu, nem tentou frear. Assumi a culpa, claro. Mas, no fundo, aquela irritação natural: ela devia estar fuçando na bolsa, no som ou algo que o valha. Como é que consegue, a vinte por hora, não ver alguém mudando de faixa na distância que eu dei, sem sequer tentar frear? A barbeira teve lá sua culpa também e não foi pouca. Fazer o quê, se ela nunca ouviu falar em direção defensiva? Pagar o prejuízo que é assim que a gente aprende. E xingar a dita cuja que é assim que a gente desopila o fígado: a dona é uma porta! Burra! Mané! Incompetente...
Ufa! Sinto-me bem melhor.
Daí, lembrei de um amigo, que também se envolveu num acidente de trânsito na condição de culpado. Avançou o sinal e foi abalroado por uma mulher. Palavras dele:
- O sinal tinha acabado de fechar e eu já vinha embalado, acelerei um pouquinho para passar logo. E a doida da mulher saiu sem nem conferir.
Inevitável concordar:
- Muito barbeira mesmo! Como é que sai assim, só porque o sinal estava aberto pra ela, né??