A PAZ DOS MONASTERIOS
Corredores suaves e acolhedores,
Recheados de recordações,
Alpendres ladeados por canteiros
Com flores as mais diversas
Á balouçarem pela brisa enviada pelos ceus.
Alpargatas de couro e batinas marron escuro
Grossas e cheirosas, revestindo
Homens, quase santos.
Que deambulavam pelo piso liso e frio.
Pensamentos envolvendo todo o espaço
Com diafanos sermões...
Quadros esculturas e móveis antigos.
A presença constante e invisivel
Da Divindade completando o ambiente silencioso
Ouvindo-se apenas pequenos trinar de pássaros
E o balouçar de galhos verdes,
Soltando perfume silveste no ar,
Vindo das flores viçosas e sorridentes.
Uma fonte que incitava frescor
A derramar água cristalina
Por um regato brilhante, sasciador.
Lugar de paz imensa, sem fim
Onde a mente encontra segurança
Entre portas avantajadas e mudas,
Janelões de madeiras nobre, e bem esculpidas.
Palavras trocadas em sussurros angelicais.
A eternidade, a paz, o amor,
Ali palpaveis, de mãos dadas
Passando e sorrindo, com cabelos
Soltos, ondulados, macios e calmos.
Místico, enigmatico, prazeiroso e fiél.
O monasterio e suas alamedas
Soturnas, seus quartos simples,
De janelas longas , feitas para durarem,
Uma espera talvez de milhares de anos,
A passarem sem pressa
Carregada por uma fé imensa,
Obcecada, dominadora, providencial.
Altares, bancos, oratórios e sacristias
De igrejas inclusas, super indispensaveis.
Esta pequena visão procura
Exprimir o que senti, leigo mas fervoroso.
Por passar apenas algumas horas,
Em uma das moradas de Deus.
Salvador, 01/11/09
Barret.