JORNAL EMOCIONAL
Abriu o jornal e leu – apenas para conferir– se publicaram sem cortes...
Não vou tomar seu tempo. Nem me alongar para discutir a relação. Aprendi, finalmente, alguma coisa. E irei diretamente ao ponto. Afinal, quem amanhece na academia, há de estar em forma para grandes impactos.
Não estamos bem. Você sabe. Eu sei. Entretanto, a vida precisa seguir. Não adianta mais fazer de conta que tudo pode ser jogado pra debaixo do tapete. Tantos anos fariam nosso lindo persa – comprado à prestação – colar-se ao teto.
Resolvi escrever sobre o que sei (nem é muito, mesmo após uma década contigo) e publicar no jornal que assinamos. Por que o jornal? Nossas agendas estão lotadas e não há mais tempo entre um compromisso e outro. Até nos finais de semana! Então, já que estamos tão ocupados, talvez você leia por aqui mesmo, pela manhã, numa pausa entre a bicicleta e a musculação. Saúde sempre em primeiro lugar. Em outras palavras, a ginástica.
Você e eu somos um caso sério, mas temo não sermos crônicos. E então o amor – que não é passaporte nem garantia – se desgasta quando não respira pelos caminhos da atenção e também da liberdade.
E este é apenas um dos nós em nós. Somos independentes demais e, ao mesmo tempo, carentes. Queremos tudo. Não conseguimos mais nos contentar com o que é possível. Nossas fantasias e expectativas nos levaram para o Olimpo e nesse lugar, mortais não têm vez. Nem voz! Você não é meu Zeus. E eu não sou sua Juno. Nem estamos na idade da inconsciência e paixões imaturas. Então, Eros e Psique? Isto também não rola.
Talvez, por isso, tenhamos ainda alguma chance. Somos humanos. E aprendemos alguma coisa. Pouco. Eu sei. Você sabe. Depende apenas de nós. Desatemos os nós? Ou nós?
(*) IMAGEM: Google
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