FECHEMOS A PORTA!!!
ADEMYR RICO
Um jargão popular diz que: “Só para morte não se dá jeito”. É verdade. Temos visto muito dinheiro em momentos desesperadores sendo investido na busca de evitar a morte de pessoas "importantes" que já estejam em estado terminal, sem sucesso. Por mais que o poder esteja nas mãos humanas, sempre terá uma autonomia (pulo do gato) que será exclusividade do pai celestial. Ao homem foi dada a prerrogativa de adiar a morte, mas não a de evitá-la. Está é a mais perfeita prova que só existe um DEUS e ele está aqui espiritualmente, embora muitos o têm como concorrente e tentam mostrar que fisicamente possuem poderes maiores que os dele.
Norteado por esta máxima e colocando-a como a única - ainda - insolução ao alcance do homem, o restante pode ser conseguido desde que o homem bem intencionado queira faze-lo e quando quer, faz coisas inacreditáveis. Do contrário, principalmente quando tem dinheiro no meio, torna-se quase impossível se obter resultados que mereçam aplausos.
Se formos apresentar exemplos encontramos muitos, entre eles podemos discorrer sobre o vício, formado pelos três principais componentes que dilaceram mentes e corpos, destruindo famílias, fortunas e futuros, são : Álcool, tabaco e droga. Essa última, " proibida " constituída pela maconha, craque, cocaína e outras mais derivadas da industria de desgraça humana, sem considerar que por aí está cheio de outras drogas que somos obrigados a engoli-las, que são tão ou mais maléficas que as mencionadas, e que deveriam também ser proibidas porem, são permitidas, entre elas, estão os maníacos viçosos ratos tomando conta de queijos. Mas estas, para felicidade dos prolíficos de corpo esguio e caudas longas, são um problema ainda sem solução. E, se não tem solução, solucionado está.
Na impossibilidade de elimina-lo, é importante direcionarmos estratégias para que o vício seja cada vez mais verticalizado e, conseqüentemente o controle ficará mais ao alcance da medicina e escolas especializadas em conter os impulsos e desejos físicos e mentais. Todos conhecemos ou até convivemos com alcoólatras e fumantes inveterados. Diariamente, acompanhamos e sabemos da morte de pessoas com os danos causados por essas drogas e também, a cada dia direta ou indiretamente, mais campanhas se acentuam para vender mais, mais e mais, e o viciado e seus familiares que se danem.
Devido às quantias gordas de impostos provenientes da fabricação e comercialização de bebidas alcoólicas e tabacos, que não são canalizados para recuperação da saúde que eles próprios destroem, nossos procuradores fazem vistas grossas aos problemas que estes produtos causam aos usuários, mesmo porque, depois que o mal é confirmado, as despesas de reparação dos danos oneraram, oneram e sempre irão onerar exclusivamente os bolsos dos cancerosos ou dos neuróticos. Nada adianta a mensagem para avisar que o cigarro pode causar males a saúde ou criar códigos para castigar, se pegos, aqueles que gostam socialmente de uma cremosa cerveja. No tabaco, faz-se uma propaganda de trinta segundos com cavalos puros sangue, caubóis corajosos, carrões envenenados e mulheres lindas e sensuais, incentivando o consumo e depois se coloca no rodapé a mensagenzinha legendada, incrédula e imperceptível que não convence nem seu idealizador. Com o alerta, fica claro que o ministério criado para saúde exime sua responsabilidade, procede como Pilatos. Quanta hipocrisia!
A bebida alcoólica, mutila muitos de seus usuários com os mais diversos castigos e, a cada minuto uma propaganda nova é criada induzindo o consumo até entre os jovens e aí novamente vem o dilema. Ate quando os bombeiros serão em números menores que os incendiários?
Ainda com relação à bebida, colocam a mão em nosso bolso algumas vezes. Primeiro: Quando se fabrica o liquido alcoólico ( IPI ). Segundo: Quando se comercializa e consome o liquido (ICMS). Terceiro: Quando os viciados consumidores comuns são pegos no trânsito infringindo as leis sob o efeito do saboroso liquido ( multas ). Quarto: Quando acontece acidentes sem vítimas porem com danos materiais onde surgem despesas inesperadas para reparos do veículo ( lanternagem). Quinto: Quando no acidente alguém morre (funerária), e Sexto: Quando em muitos casos, despesas oneram as famílias no zelo e cuidados com os paraplégicos e tetraplégicos ( tempo, remédios, cadeiras de rodas, camas especiais, colchões d 'água ) sem nenhuma ajuda ou indenização por parte do estado que, não estabelece uma campanha para orientar a população sobre a importância do seguro obrigatório do veículo que até agora tem servido para engordar contas de quadrilhas protegidas e especializadas.
Alem do estado que deixa sua marca na calçada da conivência, em autorizar a venda de produtos causadores da desgraça humana sem assumir nenhuma responsabilidade pelas conseqüências, vem o prolixo que nunca teve argumento convincente pois, é totalmente despreparado para gerir o cargo que lhe deram em troca dos favores prestados, e diz : Nada podemos fazer, os produtos estão a venda no mercado, quem quiser que compre e faça deles o que bem entende, sabem que os produtos fazem mal, usam porque querem. Este tipo de depoente realmente nunca aprendeu a pensar.
Pois é. O álcool e o fumo são nocivos, matam e interrompem vidas ao gosto do freguês, porem, são segmentos regularizados dentro das leis e rendem ou deveriam render aos cofres públicos somas inimagináveis de impostos, só que pelo menos as atividades inerentes a fabricação e comercialização desses produtos, são usadas quando muito como lobby e, não para lavagem de dinheiro, extermínio, compra de gente, organização do crime, prostituição, e outras tacadas ilícitas.
Querer acabar com a indústria, trafico, comercialização e consumo de drogas, é utopia, embora nada impede que este objetivo esteja entre as primeiras prioridades. Em um primeiro momento se quiser amenizar o que aí está, é só começar. Faça com a droga o mesmo que se faz com o fumo e o álcool, libere no país a comercialização, cobra impostos elevados, não permita nenhuma propaganda, proíba venda a menores, puna quem for pego infringindo as leis como no caso do álcool, coloque na mídia os alertas para os danos que podem causar e, proíba a imprensa de fazer qualquer registro sobre o assunto, como por exemplo " Foi apreendida uma carga de x quilos de cocaína na estrada ou aeroporto tal no valor de Cinco milhões, trezentos e trinta e quatro mil, quatrocentos e vinte reais e trinta e seis centavos ". Meu DEUS! Sabem o valor até da grama do produto apreendido. Isto incentiva aquele que nunca mexeu com droga a começar. Os valores são tão elevados que qualquer desempregado ou não, fica deslumbrado e logo, iludido com a possibilidade de fazer sua independência financeira, entra pro negócio e como é proibido a venda, trabalha fazendo ponto em locais especiais para viciar mais inocentes. Daí a bola de neve.
O ser humano é sequioso por coisas proibidas, mas não é burro. Ele sabe o que lhe é prejudicial. Se a venda for liberada, o produto estará ao alcance de todos como muitas drogas que também são prejudiciais e vendidas em farmácias sob receita médica mas, que em muitas vezes também são vendidas sem nenhum critério.
Com a descriminação, reduzirá o interesse em converter alguém para o consumo, mesmo porque, será como bebidas e cigarros vendidos livremente no mercado e quando nada se ganha para vender, deixa de ser prioridade viciar alguém, então, porque vender. Se der o start, vai diminuir ou até acabar a lavagem de dinheiro, pois passa ser uma atividade oficial séria, reconhecida pelas leis.
Os impostos serão usados para recuperar viciados de todas as drogas, criação de empregos, construção de escolas e hospitais, demolição de presídios, melhoria dos salários dos professores e policiais, solucionar de vez o problema da seca mandando água que é de graça para o nordeste plantar e, com certeza, não haverá fechamento de nenhuma fábrica de cabides no país.
Se o produto pode ser vendido livremente, alguém vai delatar o que? Logo, deixará de existir arquivo, e o extermínio não terá mais razão e, por conseqüência o número de armas também diminuirá e, o povo poderá até sair na rua à noite. O efeito cascata funcionará perfeitamente.
Agora, não há necessidade de ficar enfatizando como fazer mesmo porque ' A MAIORIA DELES ' sabe como fazer. Quem fizer o projeto, precisa em primeiro lugar: Gostar de gente, principalmente criança. Acreditar em DEUS. Ter família. Saber discernir o que é moral. A maioria também deve ser desvinculada de quaisquer interesses no negócio. Não pode ter a cauda presa com negociatas e, acima de tudo precisa estar a fim de ajudar o semelhante, pois a desgraça do mundo no terceiro milênio está decretada.
Vamos formar uma geração exemplar. Salvar as crianças que, alem de serem vulneráveis a esta desgraça, já sofrem todas injustiças sociais. Se a vergonha aflorar, nossos filhos serão sérios e orgulhosos por viverem num país onde a moral ainda tem valor. Quem for politicamente autor de uma idéia nestes moldes, estará com o futuro político garantido, pois talvez pela primeira vez o povo se sentirá orgulhoso e confiante em ter entre seus representantes alguém que queira ficar com a imagem limpa e pura, passando para história como exemplo de dignidade, inclusive para sua própria família.
Antes de correrem dentro da sala estrategicamente, na busca de apanharem papeis que estão voando devido o vento que entra pela porta, sejamos racionais : FECHEMOS A PORTA.
Porque não fazer?
Ademyr Rico