CUIDADO COM O QUE VOCÊ ESCREVE
O título desta crônica nasceu de uma frase que ouvi. E não tenho a menor idéia do cuidado a que se referia a recomendação. Confesso, não tive vontade de aprofundar a conversa nem entender o tal conselho.
Aliás, conselho é algo que considero dificílimo oferecer porque sou péssima nisso! Se fosse uma bússola viveria literalmente desnorteada! E isso não tem tanta graça assim, mas de uma certa forma, traz alguma leveza à vida...
Não! Não sou uma pessoa leviana. Pelo menos, não creio que seja um traço marcante em minha personalidade.
Entretanto posso ser extremamente espontânea, apesar de reservada. O que é um paradoxo, mas minha alma é feita deles.
Voltando ao cuidado. Penso que deveríamos nos ocupar menos desse "outro" e olhar mais para o que somos. Posso ser interpretada como uma egocêntrica de plantão? Posso, afinal nunca posei, nem posarei de altruísta. Muito menos de interessada no que não é da minha conta.
E mais uma vez, alguém poderá interpretar como alienação? Claro que sim. Tudo é possível.
Entretanto, serei alienada? Descuidada?
Não sei. Nunca "medi" nem imagino os critérios para dimensionar o grau de consciência e zelo que possa demonstrar em textos publicados. Não escrevo para formar opiniões porque respeito a inteligência do ser humano.
Quem sou eu para "fazer a cabeça" de alguém se nem a minha consegui ainda?
E, talvez, o cuidado devesse estar em quem acredita saber tudo. Em quem acredita em receitas e soluções vinte e quatro horas ao dia. Em quem tem sempre a palavra exata a dizer. Eu raramente sei o que dizer todo o tempo. Muitas vezes nem sei o que virá na próxima linha...
Tenho uma esperança que compartilho neste momento. Imagino um tempo onde as pessoas consigam tolerar não ter tantas respostas e assim, vivam com um pouco mais de liberdade, sem os pretextos para fingir que não sentem medo dos seus vazios. Vazios que não se explicam... E nem todo cuidado do mundo poderá evitar o fato: a vida é feita de lacunas. E muitos erros.
Não sei se há atalhos no caminho, apesar de todos os cuidados.
E permaneço sem conseguir oferecer conselhos. Este texto é apenas um pensamento descuidado, mas pensar nunca será perigoso. Parar de pensar, sim.
(*) IMAGEM: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
O título desta crônica nasceu de uma frase que ouvi. E não tenho a menor idéia do cuidado a que se referia a recomendação. Confesso, não tive vontade de aprofundar a conversa nem entender o tal conselho.
Aliás, conselho é algo que considero dificílimo oferecer porque sou péssima nisso! Se fosse uma bússola viveria literalmente desnorteada! E isso não tem tanta graça assim, mas de uma certa forma, traz alguma leveza à vida...
Não! Não sou uma pessoa leviana. Pelo menos, não creio que seja um traço marcante em minha personalidade.
Entretanto posso ser extremamente espontânea, apesar de reservada. O que é um paradoxo, mas minha alma é feita deles.
Voltando ao cuidado. Penso que deveríamos nos ocupar menos desse "outro" e olhar mais para o que somos. Posso ser interpretada como uma egocêntrica de plantão? Posso, afinal nunca posei, nem posarei de altruísta. Muito menos de interessada no que não é da minha conta.
E mais uma vez, alguém poderá interpretar como alienação? Claro que sim. Tudo é possível.
Entretanto, serei alienada? Descuidada?
Não sei. Nunca "medi" nem imagino os critérios para dimensionar o grau de consciência e zelo que possa demonstrar em textos publicados. Não escrevo para formar opiniões porque respeito a inteligência do ser humano.
Quem sou eu para "fazer a cabeça" de alguém se nem a minha consegui ainda?
E, talvez, o cuidado devesse estar em quem acredita saber tudo. Em quem acredita em receitas e soluções vinte e quatro horas ao dia. Em quem tem sempre a palavra exata a dizer. Eu raramente sei o que dizer todo o tempo. Muitas vezes nem sei o que virá na próxima linha...
Tenho uma esperança que compartilho neste momento. Imagino um tempo onde as pessoas consigam tolerar não ter tantas respostas e assim, vivam com um pouco mais de liberdade, sem os pretextos para fingir que não sentem medo dos seus vazios. Vazios que não se explicam... E nem todo cuidado do mundo poderá evitar o fato: a vida é feita de lacunas. E muitos erros.
Não sei se há atalhos no caminho, apesar de todos os cuidados.
E permaneço sem conseguir oferecer conselhos. Este texto é apenas um pensamento descuidado, mas pensar nunca será perigoso. Parar de pensar, sim.
(*) IMAGEM: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net