Dafne I

Olá, muito prazer!!!

Me chamo Dafne e a partir de agora irei compartilhar a minha vida com vocês. Tudo, tudinho eu irei colocar aqui e quem não gostar procure por meus advogados! ;) Para me conhecerem melhor, sugiro acompanhar os meus desabafos virtuais, só assim mesmo para terem uma idéia do que sou e de tudo que posso compartilhar com vocês. Meus comentários particulares serão feitos entre parenteses, ok? A princípio, vou passar dados básicos...: Moro sozinha, não tenho filhos. ( =D ), e trabalho com eventos e festas. Sou branca, cabelos castanhos na altura média das costas, meço 1,71, meus olhos são pretos, não vou dizer que sou magra pois já começaria mal, enganando vocês, meus novos amigos, juro que nem pensei nisso! Mas também não vou revelar meu peso...espero que entendam... =) Meu signo é câncer e como qualquer nativo desse signo, sofre e sofre horrores por amor... Alias, vou dividir com vocês uma experiência que tive umas semanas atrás, foi com um cara muito, mas muito legaaal... Estava conhecendo um carinha aí há um certo tempo - o suficiente de acordo com o seu julgamento – e acho que está naquela hora dele já querer me dar aquela joinha que não sai da mão por NADA desse mundo, de oficializar a coisa. Tudo está tão bom que eu até respiro mais profundamente ás vezes. Acho o máximo saber mais sobre ele, me aprofundar nos assuntos de interesse do bofe (ok, vamos por um nome nele, Lucas está bom?), decorar a qualquer custo o caminho que ele percorreu até conseguir aquela cicatriz no joelho esquerdo quando ele caiu de bicicleta num parquinho com seus melhores amigos (na verdade não sei como ele se lembra de tantos detalhes pois tinha 9 anos, depois dizem que as mulheres são detalhistas... arram, e eu acredito!) ou sobre aquelas brincadeiras sem graça nenhuma de fazer pum debaixo do lençol e rir do último que sai (aposto que esse último é o nerd da primeira fila da sua escola). E o pior é que você acaba achando ele cada vez mais fofo. Bom, daí, numa bela manhã eu acordo linda e bela e com o cabelo da Mafalda (Quino eu adooooro ela, ta?) e dou aqueeeele suspiro e a primeira coisa que faço é pegar o celular que por alguma razão, estava debaixo da cama, e ver se tem alguma sms. Sim! Lá está a bonitinha *.* e eu rindo pro treco sem emoção nenhuma. Logo respondo e já sugiro ele entrar na Internet para combinarmos, melhor, para refazermos o trajeto do passeio que teremos hoje (afinal, estamos num sábado meu Deus... quem fica em casa sábado?). Daí, entro no orkut enquanto o msn carrega e vejo um novo depoimento com coisas tão adoráveis e que me fazem sentir tão única que até esqueço que a janela estava aberta enquanto eu colocava o sutiã (não acho necessário falar que o jardineiro da prefeitura viu algo, porque, mesmo que ele tivesse visto, não justificaria ele cortar a grama toda errada, eu não estou tããão gorda assim, mas de qualquer forma a tamancada serviu-lhe bem, talvez até por isso tenha errado a poda...). Fiquei on no msn e pronto, já me aparece aquela janelinha laranja que não para de piscar por nada e quando clico nela está escrito ‘Oi doçura’ e eu respondo ‘ Oi amooor’. Papo vai, papo vem e chega a hora de sair de casa e encontrar meu Luquinhas. Nossa tarde foi ótima, fomos ao cinema assistir um filme que esqueci o nome, mas era um que tinha uma mulher e um homem como protagonistas (não sou boa para lembrar nomes de filmes), ficamos abraçados o tempo todo, foi lindo! Depois, passeamos pela rua e ficamos olhando os velhinhos passearem com seus cachorros e os últimos defecando em propriedade pública, acontece... De repente sinto aquele celular interno no vibracall (a barriga roncando, ok? Acho feio falar isso, espero que da próxima entendam) e pergunto se ele não está com fome e para onde iríamos dali e ele me responde que sim, e queria muito me levar ao Fasano, mas, devido á saída dele do emprego recente, não tinha condições para isso (Aaaah, já sei – pensei eu – se ele queria me levar ao Fasano, era porque estava finalmente querendo se compromissar!), mas logo disse para não se preocupar, que nossa noite não iria terminar com menos perfeição por causa da falta de dinheiro dele e que eu arcaria com as despesas daquele jantar. Lucas disse que não e não mudou de idéia até chegarmos num Mc mais próximo, e o mais próximo ficava na Avenida Paulista, o lugar favorito das garotas que curtem garotas e garotos que curtem garotos (acho o máximo e divertidíssimo!), fizemos nossos pedidos e fomos nos sentar. Ficamos lá por umas duas horas, conversando, trocando olhares e juras, quando ele para, solta minhas mãos e põe a mão no bolso (nessa hora meu coração saltou de uma forma que eu pensei que ele pertencia à Daiane dos Santos), ele olhou nos meus olhos de uma forma terrivelmente envolvente e começou o discurso que antecede o pedido. Mas eu já não ouvia mais nada, só via aqueles olhos verdes de outro mundo, tudo ao meu redor se congelou, tudo em preto e branco e distorcido (como a TV da minha avó com o bombrill na ponta da antena) e as vozes das pessoas tornam-se lentas e graves... (até esse momento, você pensava que isso só acontecia nas novelas das nove (o dia que me provarem que é das oito mesmo eu subo a escadaria da penha de ponta cabeça), daí fecho os olhos e quando os abro, vejo novecentas e trinta e sete pessoas ao meu redor (tudo bem, umas 12 pessoas) e logo me dou conta que havia desmaiado e aqueles sintomas era de alguém que estava com a pressão alta (ou baixa não lembro a diferença agora) e não de alguém que estava num conto de fadas...além do mais faltavam os sininhos que minha mãe me contou que tinha ouvido quando meu pai a pediu em namoro. Mas o pior é que não lembro se disse sim ou não...

Renan Sposito
Enviado por Renan Sposito em 04/11/2009
Reeditado em 04/11/2009
Código do texto: T1905311
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