La Gioconda - quem é ela?


   A Mona Lisa nasceu entre 1503 e 1506.
   O Brasil tinha, portanto, seis anos de idade quando Leonardo Da Vinci, em mais um lance de gênio, entregou ao mundo a bela Gioconda.

   A partir de 1506, esse óleo sobre madeira, medindo 77 X 53cm, tornou-se o retrato mais admirado e aplaudido do Universo. Meu chapa, é impossível estar em Paris e não visitar a Mona Lisa.

   Mesmo sabendo que para alcançá-la se terá que romper uma barreira formada por centena e centenas de turistas. Uma vez diante dela, é se deliciar com o seu silêncio eloquente, seus lábios sensuais, seus olhos distantes e seu sorriso discreto e zombeteiro.

   Pode não ser o quadro mais bonito do Louvre.  Mas é, sem dúvida, ao lado das estátuas da Vênus de Milus e da Vitória de Samotrácia, mais uma grande atração do monumental museu parisiense. A Monalisa é visitada, a cada ano, por aproximadamente seis milhões de turistas!

   Estive recentemente no Louvre.
   Depois de alguns minutos aos pés da Vênus de Milus e passar pela Vitória de Samotrácia, cheguei à Gioconda  - na Salle des Etats -  incorporando-me à multidão que também a procurava. 

     Me pus diante dela e diante dela permaneci o tempo que quis. Era a minha terceira visita à Mona Lisa. Fui atingido pela mesma emoção que me dominara quando a vi pela primeira vez.

   Mas, logo tomou conta da minha irrequieta cuca a pergunta que há séculos vem sendo feita: afinal, quem é a Mona Lisa? Quem é a Gioconda? Em quem Da Vinci teria se inspirado para pintar tão belo retrato?

   Livros e artigos levantam três hipóteses. Vou relembrá-las tal como as li numa reportagem sobre o discutido quadro do Da Vinci:  "A imagem seria do próprio Leonardo vestido de mulher; é um retrato de uma jovem morta de olhos abertos; é Isabel de Aragão, a duquesa de Milão".
   Há ainda uma quarta versão, segundo a qual, Leonardo teria reproduzido o retrato de Lisa Del Giocondo, mulher de Francisco Del Giocondo, um próspero comerciante do seu tempo.

     A verdade crua e nua é que, até agora, não se tem como definitivamente provado em quem se inspirara Da Vinci para pintar a Mona Lisa, sua obra prima.

   Deixei de lado esta e outras indagações e continuel admirando a beleza do retrato da Gioconda. Orgulhoso, não nego, por tê-lo visitado por três vezes, o que considero um baita de um privilégio.

   Sucedeu que no meio daquela borbulhante e curiosa multidão, ouvi de um brasileiro, na sua natural empolgação, esta surpreendente afirmação: " - Ah! Ela é a cara de minha namorada, e olhou com ternura para a  jovem que o acompanhava." 
        Ao observá-los, achei que só uma paixão sem limites poderia ter conduzido aquele mancebo a proclamar que sua namorada tinha a cara da Monalisa. 
        Ao mesmo tempo, percebi que ela ouvira a comparação, mas não mostrava acreditar no inesperado galanteio do seu embevecido parceiro, em plena Salle des Etats.
       
Felipe Jucá
Enviado por Felipe Jucá em 04/11/2009
Reeditado em 15/08/2013
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