NA VIDA OU NA MORTE... TUDO SE FESTEJA!
Ontem, início da noite, fiz um programa diferente, meio contra a minha vontade, não é das coisas que mais me agradam, contudo, há deveres aos quais não se pode faltar. Missa de sétimo dia do falecimento de minha tia (na verdade, prima de meu marido, mas a considerava como tal). Carmela – quase 90 anos, sempre com um sorriso largo com todos, bem humorada e de bem com a vida! Adorava uma taça de vinho tinto, ou uma cervejinha gelada! Quem não gosta?
É família de italianos (algumas delas se casaram com portugueses ficou tudo por ali mesmo, na Europa), a primeira geração, veio da Itália, bem antes da guerra de Hitller! As demais, são brasileiras, mas com todos os costumes e alegria dos italianos. O gênio, também! Falam o que querem, muita besteira e muita risada. Mas são bravas que só! Eu amo e admiro a todos eles, que passaram a fazer parte de minha familia, embora não nos vejamos com frequência. O amor dispensa o tempo e visitas constantes! Ele apenas existe!
Nossos encontros resumem-se aos aniversários das matriarcas – sempre após os noventa anos – e em velórios e missas comemorativas. Digo isto, porque acaba sendo uma comemoração mesmo. É tudo uma festa, não há tristeza, nem chororó; só alegria!
Após a missa, permanecemos (a turminha de sempre) em um canto da Igreja, conversando, contando as novidades e rindo. Até que o padre se cansou e começou apagar as luzes, mandando-nos embora. Precisava fechar a Igreja.
Mas o calçada da Igreja estava lá e o papo se prolongou por mais de uma hora, com muitas piadas, risos e novidades. Hamiltinho, filho de Carmela – que falecera - tornou-se vovô de Manuela, uma criança linda, tive oportunidade de rever a Lu, Simone, Luiz Roberto, Maria Regina, Marlene, sua mãe, Tia Piti – que está quase atingindo a marca dos noventa anos também – e todos apostavam em quem será a próxima vítima da maldita infalível e indesejável.
Não há como prever, mas, como essa família normalmente ultrapassa os 80, não seria novidade se alguém mais jovem furasse a fila; só espero que não seja eu! E, após esse auê todo, nos despedimos, prometendo-nos um próximo encontro, fora de velórios e missas comemorativas, quem sabe, no Natal, Ano Novo, ou um dia qualquer.
E, como vale aquele ditado: “Quem tem... tem medo”, hoje eu madruguei para visitar a minha Ginecologista que há dois anos não via; levei uma bronca! É melhor prevenir do que remediar, não é? Por isso não me encontrou aqui, viu, Dona Zélia Freire? Tava dormindo não... Bem que eu gostaria e acho o que farei, logo após almoçar!