Mai nêimi is...
Quem trabalha diretamente com gente e -- como professores, médicos e atendentes em geral -- precisa chamar as pessoas pelo nome, de uns anos pra cá tem passado por um sufoco muito peculiar -- como pronunciar os mais variados nomes que aparecem?
Maycon e Daiana são obviamente fáceis, não chegam a causar surpresa.
Os híbridos, como Josimarley, só deixam dúvida na hora de acentuar a tônica.
Joleno não é dos mais difíceis, ainda mais quando, depois de uma breve consulta à mãe do pimpolho, descobre-se que é uma homenagem a John Lennon.
Listeyla, Gesyca, Wesleyson, Deivybeky já começam a complicar...
Teve até o caso muito curioso do Letisgo, contado com muita graça pela nossa amiga recantista Bemtevi.
Mas há os casos que vêm na contramão desta história. Como aconteceu com uma professora minha amiga.
Ao fazer a chamada todos os dias, percebeu que um determinado aluno jamais a respondia. Por outro lado, ao chamar um certo nome -- Washington, escrito assim mesmo, certinho --, também ficava sem resposta.
Ela pôs-se a experimentar pronúncias variadas: Uóchinton, Váchinton, Vachintôn e por aí foi. E nada...
Então resolveu perguntar ao aluno que jamais respondia à chamada qual era o seu nome. Ele logo respondeu:
-- É Vazínguiton, tia.
Ora, pois...
O meu próprio nome causa estranheza. Costuma ser pronunciado das mais variadas formas -- Iáci, Iázi, Iraci...
É compreensível, já que meus pais resolveram usar este estrangeirismo absurdo e me colocar um nome tupi-guarani, que literalmente significa "mãe do mar", que quer dizer "lua".
Por que não colocaram logo um nome bem brasileiro como os citados acima?