DE NANA MOUSKOURI A FRED MERCURY
Pois é... Posso até ter o meu “valor” em parte reconhecido, haja vista os diplomas acima exibidos, mas tenho cá os meus defeitos, entre eles um de ser meio desligadona, de prescindir das regras quando escrevo. Hoje tirei o dia para tentar consertar os barbarismos cometidos em textos já escritos e publicados. E pelas barbas de Netuno! A minha salvação é que só tenho amigos aqui no Recanto e que Voltaire não vive mais. Também, se vivo fosse não faria diferença, jamais me leria.
Diga ai um sujeito exigente em matéria de escrita, como era esse Voltaire. Imagine eu, que gosto de Filosofia, ter que me explicar, sempre que sobre o tema escrevesse, fazendo para o leitor uma espécie de intróito onde constasse uma síntese histórica de opiniões propostas ou das verdades estabelecidas sobre o que abordasse.
Melhor explicando: convenhamos que o tema abordado por mim incluísse o “ vácuo”, então, como prólogo, eu teria que explicar como Epicuro acreditava prová-lo e como Gassendi tornou-o mais verossímil, levando em consideração os graus infinitos de probabilidades que Newton acrescentou a essa opinião, com seus raciocínios, observações e cálculos.
E aí eu indago, já que não estou escrevendo nenhum tratado cientifico você me leria com esse catatau de informações perfeitamente dispensáveis para um tema leve mesmo que o “vácuo” entrasse no assunto?
Em verdade vos digo, o certo que estou muito longe do preciosismo de Voltaire e mais perto estou de Manuel Bandeira quando afirmou: “Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vócabulo”.
Para encerrar, como sou movida a música e adepta do ecletismo, por conseguinte, não me firmando em nenhuma linha rígida de pensamento,vivo na base do leio tudo e ouço tudo, estou cá a escrever e ouvir Cancion de la Libertad com Nana Mouskouri , depois de ter ouvido Hotel California com Gypsy Kings e Fred Mercury & M. Caballé cantando How Can I Go. Beautiful!
E crônica encerrada...