"O PREÇO DO AMOR" Crônica de: Flávio Cavalcante
O PREÇO DO AMOR
Crônica de:
Flávio Cavalcante
Quanto valeria o amor se fosse um produto vendido num supermercado, numa padaria, na farmácia e etc...?
Será que o mundo seria melhor se tivéssemos que pechinchar para adquirir uma porção de amor vinda de uma determinada pessoa escolhida... Ou mesmo comprar uma porção de amor para dar de presente a outrem?
Deus criou os dois maiores bens da humanidade; um, foi a vida e deu ao homem para ele cuidar e o outro, depositou dentro de um baú mágico chamado coração e o pôs dentro de cada um de nós. Com a sua generosidade e amor profundo aos seus filhos, este baú é tão trancado que somente nós mesmos é que temos a chave de acesso e, além disso, nos deu o direito de usarmos quando quisermos e da forma que quisermos. Dentro deste baú não tem uma ou duas porções e sim amor em abundância á ponto de extravasar e dividir pra quem quiser, sem se esgotar jamais a fonte mágica.
Sendo ele, o criador do homem, conhecedor da sua cria como ninguém mais; certamente sabia que em futuro, essa cria que ele deu o sopro da vida, outro bem precioso de sua criação, está destruindo todo presente dado com amor e carinho.
Fomos colocados num ninho recheados de farturas, para podermos viver dignamente como todo filho que é a amado pelos seus pais.
Deu água em abundância para vivermos com tranqüilidade sem sofrimento e nos deu uma terra brilhantemente mágica que brota do nada alimento para a nossa subsistência, além do lazer maravilhoso dos jardins que são brotados também magicamente, nos presenteando com uma beleza impar.
Sinfonias de pássaros cantarolam canções aprazíveis aos nossos ouvidos, acordando-nos com um amanhecer lindo e um anoitece coberto também de sinfonia de cigarras cantoras indicando o morrer do dia e o nascer da noite. Vaga-lumes presenteiam clareando todo ambiente.
Será que o homem com a sua ganância e cara de pau de se apossar egoisticamente de tudo que foi deixado para todos, se tivesse ele acesso ao amor, como ele tem da água, dos terrenos, criando regras, dizendo isso aqui é meu, deixando o outro sem moradia, com fome e com sede. Quanto ele cobraria por uma porção de amor?
Por ser nobre, não ia ser algo barato, de acesso a todos, assim como o ar que respiramos. Como ele não pode cobrar por nosso oxigênio, está destruindo-o de forma assustadora.
O preço do amor quem tem que determinar, somos nós mesmos. Tem muita essência acumulada dentro do baú e precisa ser distribuída gratuitamente sem nada pedir em troca; pois nosso pai nos deu de forma gratuita também.
ENTÃO VAMOS ESVAZIAR ESSE BAÚ, ESPALHANDO AMOR POR TODO O MUNDO, PARA INCENTIVAR O NOSSO PRÓXIMO A TAMBÉM ESVAZIAR O SEU BAÚ REPASSANDO PARA OUTREM.
Fazendo assim, certamente, todos que receberem as porções de amor dadas gratuitamente, sentirão o quanto é gostoso sentir esta jóia que o criador guardou com tanto cuidado e inevitavelmente o mundo será outro para todos.
- FIM -