A mulher e o silicone
Mania infeliz, esta do silicone, que não vai durar muito. Os males começam a aparecer.
Como se fosse uma experiência de laboratório, a mulher repentinamente só está na moda se for “turbinada”. Seios horrorosos, com o produto em quantidade alta, disformes, parecendo bolas, traseiros tanajuríssimos, neologismo que acabo forçosamente de criar, lipoaspiração para valer, e lá vai ela, na praia com o seu minibiquini, nos shoppings com a calça justa e o salto dez, blusa audaciosa.
Até alguns anos passados, seria vista como uma prostituta mal-paga. Hoje é moda, grande parte das mulheres está assim.
Parece que o bisturi que mudava narizes, retirava rugas, alterava bocas, não é mais tão importante como um farto par de seios que parecem querer escapar das blusas ou vestidos.
Eu pessoalmente conheço três casos que o silicone arrebentou, fazendo um estrago nos seios. A correção é sempre dolorosa. Não acredita? Pergunte a qualquer médico. É bom evitar o cirurgião plástico.
Interessante. Jamais escrevi crônica como esta. Não estou censurando ninguém, e caso pretendesse, que autoridade tenho para isso?
Claro que a mulher com um nariz de Pinóquio deve fazer uma plástica, como a mulher que tem o peito parecido com o do homem, um silicone razoável vai muito bem. Entrou a estética, não se discute.
Mas um pouco de bom senso é mais do que valioso nestas horas de peitudas e tanajuras.