MORRER NÃO É NADA; NÃO VIVER QUE É MEDONHO
Se existe uma pessoa que gosta de pensar essa pessoa sou eu, paro para pensar por tudo, agora mesmo estava aqui no meu pensatório imaginando por que Deus não acrescentou ao nosso viver o direito de hibernar feito os ursos; assim, sempre que a situação não tivesse nada favorável a gente podia cair num sono letárgico e só acordar quando solução já houvesse para os nossos problemas.
Pois é, já que não nos foi concedido tal válvula de escape e enquanto não caímos de vez na goela do dragão, meditemos, meditemos sobre as nossas vicissitudes, afinal “morrer é nada: não viver é que é medonho” (Victor Hugo em Os Miseráveis)
Essa mania que a gente tem de só olhar para o alto e nunca se preocupar com a turma que está abaixo de nós é que nos faz reclamadores em potencial. Já imaginou você metido numa situação que nem o homem que se escondeu num poço para escapar ao furor de um elefante. Ficou suspenso pelas mãos a dois ramos de um arbusto, deitado na boca do poço, seus pés tocavam qualquer coisa junto à parede; eram quatro serpentes fazendo emergir suas cabeças. Olhou para o fundo do poço e viu um dragão, a goela aberta esperando que a presa caísse. Então ergueu os olhos para o arbusto e viu dois ratos, um branco e outro preto, que roíam os dois ramos sem cessar. Enquanto ele pensava em sua situação e considerava o seu caso, viu a seu lado uma colméia plena. Provou o mel, achou-o doce, tão saboroso que se esqueceu do seu drama e cessou de pensar nos meios de escapar aos perigos por que passava. Não pensou nas quatro serpentes que lhe tocavam os pés, esqueceu-se dos dois ratos ocupados insistentemente em cortar os galhos, parou de pensar que uma vez cortados os galhos cairia sobre o dragão. Distraído, tranqüilo, absorveu-se no sabor do mel até que caísse na goela do dragão e morresse.
Esta fábula quem me contou foi Al-Mugaffa, dia desses quando estávamos discutindo sobre a condição humana.
Se existe uma pessoa que gosta de pensar essa pessoa sou eu, paro para pensar por tudo, agora mesmo estava aqui no meu pensatório imaginando por que Deus não acrescentou ao nosso viver o direito de hibernar feito os ursos; assim, sempre que a situação não tivesse nada favorável a gente podia cair num sono letárgico e só acordar quando solução já houvesse para os nossos problemas.
Pois é, já que não nos foi concedido tal válvula de escape e enquanto não caímos de vez na goela do dragão, meditemos, meditemos sobre as nossas vicissitudes, afinal “morrer é nada: não viver é que é medonho” (Victor Hugo em Os Miseráveis)
Essa mania que a gente tem de só olhar para o alto e nunca se preocupar com a turma que está abaixo de nós é que nos faz reclamadores em potencial. Já imaginou você metido numa situação que nem o homem que se escondeu num poço para escapar ao furor de um elefante. Ficou suspenso pelas mãos a dois ramos de um arbusto, deitado na boca do poço, seus pés tocavam qualquer coisa junto à parede; eram quatro serpentes fazendo emergir suas cabeças. Olhou para o fundo do poço e viu um dragão, a goela aberta esperando que a presa caísse. Então ergueu os olhos para o arbusto e viu dois ratos, um branco e outro preto, que roíam os dois ramos sem cessar. Enquanto ele pensava em sua situação e considerava o seu caso, viu a seu lado uma colméia plena. Provou o mel, achou-o doce, tão saboroso que se esqueceu do seu drama e cessou de pensar nos meios de escapar aos perigos por que passava. Não pensou nas quatro serpentes que lhe tocavam os pés, esqueceu-se dos dois ratos ocupados insistentemente em cortar os galhos, parou de pensar que uma vez cortados os galhos cairia sobre o dragão. Distraído, tranqüilo, absorveu-se no sabor do mel até que caísse na goela do dragão e morresse.
Esta fábula quem me contou foi Al-Mugaffa, dia desses quando estávamos discutindo sobre a condição humana.