Aniversário do Bambu
1979, estamos no convênio.
Quando foi mesmo que aquele menino moreninho, superalto e magrela, de penugem embaixo do nariz (será que vira bigode???), veio parar na nossa sala? Sei lá, não consigo lembrar, só sei que apareceu no primeiro dia de aula com um jeitinho meio ingênuo e um sorriso abraça-coração no rosto.
Rapidamente se enturmou, foi sentar lá pra trás onde o Léo e o Zefe reinavam.
Nessa época a sala já estava mapeada em territórios que só hoje compreendo o georeferenciamento adotado: para alguns a geografia do amor, para outros a da conversa mole, para uns espertinhos a da cola garantida e para uns tantos outros, bem, alguém havia que delimitar à bandalha um território, a qual, odiada pelos professores, fez a festa da galera e promoveu a integração de todos.
De repente, lá de trás vinha a ordem e a gente aderia.
Eu na verdade, com cara de santinha medrosa, adorava particularmente o que se tornou hábito no nosso CE – as celebrações de aniversário, e em especial o do Hugo, nosso querido Bambu.
Todos os dias 24 do mês, quando algum professor entrava na sala depois do recreio (a Ana Emília e o Curt eram as vítimas preferidas), a gente começava a cantar o tal Parabéns pra Você pro Bambu, era uma festa - ele aderia o safado! - e lá vinha o professor da vez dar os parabéns pra ele!
Tudo pra encurtar o tempo da aula e gerar um momento extra de falta do que fazer, afinal vestibular é barra, ainda mais nas ciências exatas!.
Agora era só esperar o próximo mês... eheheh....
Anadijk
Houten, 29/10/2009