EU VI, SEU MOÇO.
Eu vi, seu moço.
Hoje, passando por uma esquina, vejo alguem de mão estendida pedindo uns trocados para comprar o pão-de-cada-dia. Mais a frente outra pessoa vende uma mercadória para poder comprar seu pão. No semáforo, o flanelinha, no seu trabalho, tenta alguns trocados. Um outro garoto ao lado, vende balas doce com o mesmo objetivo.Na praça, o camelô chama atenção dos transeuntes para que comprem sua mercadória: mas sempre assustado com o homem do "RAPA. Um panfletista distribui seu papel de propaganda: cumpre sua tarefa.O vendedor de frutas espera seu freguês. Uma gestante, passeia com o ventre desnudo anunciando a vinda de um novo rebento. Uma criança se delicia com um sorvete e outra deixa escapar a bixiga de sua mão e ela foge pelo espaço.
Os carros (instrumento de locomoção),poluem o ar e congestionam as ruas. Mais a frente, uma adolescente, traz nos braços uma criança com poucos dias de vida, filha de pai ignorado.No comércio as pessoas fazem suas compras. Os ambulantes tambem procuram ganhar se pão, vendendo mercadórias oriundas do Paraguai. No calçadão, corretores e "picaretas", tambem se esforçam para fazerem seus negócios.Nas bancas de revistas e jornais, as pessoas se aglomeram para ver as manchetes dos jornais, que dão as notícias do dia.Em frente o banco os "trombadões" ficam de espreita no cliente do banco que vai sacar dinheiro para saldar seus compomissos e depois que sai é seguido pelo bando de assaltantes e em lugar aportuno e seguro é feita a abordagem (trombada), derrubando a vítima e enquanto ela cai, já enfia a mão no bolço, retirando o dinheiro, que logo é passado para o camparsa que o acompanha. Mas o mesmo que derruba a vítima, procura socorre-la, num gesto de compaixão e logo o grupo se dispersa no meio da multidão, como se nada hovesse acontecido.
Depois de tantos dissabores, volto para casa e mais calmo, penso: quanta maldade neste mundo em que vivemos. Mundo dos politicos corruptos que infelizmente nós os elegemos e depois de eleitos nos enganaram com falças promessas feitas e matando assim as esperanças de milhões de brasileiros.
Londrina,07/07/2006. Raimundo Otoni Caldas