Falso sorriso de alegria
Distraidamente caminhando pela rua em um sábado à tarde junto com uma grande amiga, deparamo-nos com um pequeno texto escrito em um muro que nos chamou a atenção. Peço licença para fazer referência ao mesmo, de autor desconhecido. Ele dizia exatamente assim: “Baile de máscara à fantasia, é a vida que levamos no momento, disfarçando o descontentamento com um falso sorriso de alegria”. Olhamo-nos como se uma dissesse a outra: “Isso faz sentido”. Em seguida fizemos alguns comentários sobre a profundidade dele e também sobre a palavra “fantasia” que achamos desnecessária e seguimos rumo ao nosso destino.
Isto me fez refletir sobre a vida que levamos e então levantei alguns questionamentos. Será que todos nós usamos máscaras? Estamos usando-as sempre para disfarçarmos algo? Até que ponto somos nós mesmos ou somos apenas máscaras?
Vivemos num mundo onde todos querem vencer o tempo como se ele pudesse se findar a qualquer momento. E nessa corrida atropelamos quem está à nossa frente, muitas vezes ignorando o outro e esquecendo valores em busca de galgar um “espaço” ou algo que nos dê satisfação.
Em alguns momentos, imagino que o mundo está pequeno demais para acomodar todos. Pois, a loucura pela busca do tão “precioso espaço” é impressionante. E, em função disso, todos nós colocamos nossas máscaras para nos proteger dos “fantasmas” ou mesmo das intempéries que surgem em nossos caminhos.
Quando percebemos que o espaço é inacessível como; um emprego almejado, bens que queremos adquirir (alguns desnecessários), amigos sinceros, um amor sonhado e outras insatisfações que nos causam descontentamento, então, a máscara é a nossa aliada. Ela ameniza a dor, sereniza a insatisfação, camufla sentimentos, disfarça a tristeza, fazendo com que o nosso sorriso seja “Um falso sorriso de alegria”.