Enquanto isso, Ilusão, Robô
Aquela fase que passei, passado, ainda está presente no meu futuro, uma incógnita.
Entendi o significado da frase, da fase não.
Enquanto isso, o que fazer, se nada tenho para fazer?
Por enquanto, passeio, passo em branco, em preto e branco.
Comi uma salada de cogumelos malucos e até hoje não me recuperei. Me pergunto, viverei para ver isto?
Sou biônico, fabricado, clonado. Irrito-me com meus comentários sem propósito. Faço isto intencionalmente, com fins não muito éticos, para me confundir, me iludir, prendendo-me em redes invisíveis, fazendo o que mais detesto fazer: me enganar com falsas promessas.
Enquanto isso, tomo banho de lua, me esfrego no sol, navego, faço tudo, quase nada.
Eu acredito no futuro como acredito em mim. Quem sou eu? Pergunto e não respondo, deixo para o destino, tragicamente dramático, fazer isto. E aquilo?
Não me venha com estas eternas perguntas, de onde vim, para onde vou, isto todo mundo já sabe, não vou pra lugar algum.
Enquanto isso, vou ficando por aqui, plantado, como uma árvore.
Digito, logo deleto. Modernismo. Fase high tech. Frase sem efeito (defeito).
Enquanto isso, tecnologicamente escrevendo, não expresso nada, apenas encurto as palavras, minimizando o texto, abreviando, vc entende?
Toda-via, cada texto, tem a compreensão que merece. Eu mereço!
Enquanto isso, o robô aqui pensa que é gente. De fase em fase, de frase em frase, minha vida vai e vem, vou e volto, pra quê? O quê? Não pergunto mais, nem menos, as palavras são todas iguais.
Enquanto isso, me pergunto, o fim está próximo? São tantas divagações que a máquina pifou, mais nada, só isso.
Abreviando, o fim já chegou. Ele sempre esteve aqui.