INTERNET, VERDADE E MENTIRA.
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Mais que nunca a verdade parece relativa. Não que ela em si não seja perene, translúcida, atemporal. Como DIZEM que "a mentira tem pernas curtas", a verdade permanece de pernas longas confundindo-nos no seu contexto absoluto. Isto se define na realidade concreta dos dias modernos tão cheios de facilidades e cercado de informações/deformações por todos os lados, principalmente via internet.
Ninguém de bom senso deve acreditar, de cara, no que a net nos mostra sob diversas formas de comunicação. A globalização, a despeito de alguns benefícios, nos coloca na "janela" do mundo em contato com novas formas de pensar, agir e sentir de tantos povos e civilizações. Isto tem o lado bom e tem o lado ruim, como tudo na vida e como pouco na morte. A morte é, em si mesma, absoluta. Relativo é o nosso modo de ver nela as transformações da natureza por ela própria, além do estabelecimento concreto da maior de todas as certezas do homem na terra: a morte.
Finitudes humanas não me assustam num primeiro momento, mas me conduzem num segundo instante, para a superação do fim da vida em si mesma pela ultrapassagem criativa dos conceitos: a morte não mata em nós o desejo pela vida! Não é isto uma vitória do humano diante da certeza de que um dia teremos que "partir"? Alceu Amoroso Lima nos lembrava isto!
Não se coloca na mesma bandeja a verdade e a mentira, exceto no exercício da relativa verdade e da relativa mentira. Mas esses sentimentos não podem ser ME-TA-DES. Nenhuma mulher fica meio grávida - é assim que entendo a verdade. Meias verdades e meias mentiras até são possíveis no exercício da nossa retórica, mas esbarram nos componentes externos como as expectativas sociais; e internos, (principalmente) como as nossas consciências.
O mundo moderno nos tem premiado com informações em todos os níveis e pelos diversos canais. A impressão que temos é que a humanidade não estava preparada para a revolução que a internet provocou em todos nós, compelindo-nos, não raro, a interagir com ela, sob pena de sermos levados por seu processo.
Vivemos cercados de telefones fixos, celulares comuns e multifuncionais, televisão em cores analógicas, digitais com conversor, sem conversor, FULL HD, 3D, câmeras de segurança no trabalho, no prédio onde moramos, equipamentos de mp3, mp4, 5, 6, etc., IPOD, NOT E NETBOOK, câmeras fotográficas digitais de todos os tipos, computadores "mini" e tradicionais com telas convencionais ou em LCD, PEN DRIVES de todos os GIGAS, WEB CAM de vários tipos, etc.. Acrescente-se a isto, todos os acessórios como pilhas recarregáveis, carregadores de bateria e de celulares, controles remotos de quase todos e, de quebra, do portão do prédio para acionar a saída do carro, dentre outros e mais outros...
A gente fica meio zonzo só com a busca dos nomes para compor estas informações, imagine como não ficamos nos processos de permanentes adaptações do nosso modo de vida com esses equipamentos e seus acessórios.
Esses citados equipamentos, não deixam de ter influência direta nas nossas formas de ser. Isto novamente tem o lado bom e verdadeiro, mas tem o lado ruim. Chegam até a estremecer a configuração das nossas verdades absolutas que sempre têm interferência no processo de globalização que nos invade, nos toma de nós e às vezes nos deixa sem opinião.
Talvez chegue o dia em que as pessoas necessitem de se revisitarem como foram um dia. Qualquer coisa como termos saudades De tudo que um dia fomos. Isto é muito sério e não parece distante de acontecer, principalmente porque o mundo de fora não sustenta o de dentro, como a mentira não sustenta a verdade, mas tergiversa.
O processo humano encontra-se abalado, estremecido. As pessoas estão cada dia mais presas aos bens de consumo e esses bens não têm dado a elas o substrato para administrar suas crises. "Chorar num carro novo com ar condicionado é melhor do que chorar dentro de um ônibus" - pensam alguns. Particularmente, prefiro não chorar, mas se o fizer tem que ser por mim e pelas minhas convicções. Neste meu caso, o carro novo seria um detalhe, pois talvez o ideal fosse a combinação de tudo que nos fizesse feliz. Contudo, nenhuma felicidade como princípio interno de amorização, pode ser alcançada de fora pra dentro, mas de dentro pra fora. Talvez Sartre tenha mesmo razão: "o inferno são os outros". No dia em que o nosso inferno for também o nosso céu, talvez estejamos perto de uma evolução desejada pra humanidade na terra. Deus e o diabo na terra do sol? - Glauber Rocha que nos ajude nessa viagem!
Por enquanto, a gente segue sem saber ao certo quem fala a verdade diante do mesmo fato, porque o próprio fato gerador é objeto de dúvida, como é o caso da chegada do homem a lua. Ainda hoje, há muitos que não acreditam, a despeito de tanta tecnologia e tanta lógica formal nos projetos Americanos e Russos.
Portanto, se a sua caixa postal que todo dia é invadida por tantos e-mails lhe der uma notícia da chegada de Jesus na terra, não acredite! Até porque Jesus só chegará para aqueles que ainda não o tiverem dentro de si.
A internet tudo tem podido, tudo tem feito, tudo tem solucionado. Ela só não tem conseguido mostrar a verdade nua, despudorada, crua; ela não tem conseguido unir as pessoas, mas reuni-las em função de futilidades ou quando nem tanto, de coisas que não contribuem para um mundo sem violência, mas com muita solidariedade entre todos.
Podem questionar: por que não falou também dos benefícios da net e suas facilidades no nosso cotidiano? Por um motivo simples: é obrigação nossa fazermos o bem e inventarmos o bom. Vivemos a crise do bem e isto tem que ser despertado por todos a bem da verdade, num pouco da lógica bíblica do "separar o joio do trigo"...
Carlos Sena - csena51@hotmail.com
Ninguém de bom senso deve acreditar, de cara, no que a net nos mostra sob diversas formas de comunicação. A globalização, a despeito de alguns benefícios, nos coloca na "janela" do mundo em contato com novas formas de pensar, agir e sentir de tantos povos e civilizações. Isto tem o lado bom e tem o lado ruim, como tudo na vida e como pouco na morte. A morte é, em si mesma, absoluta. Relativo é o nosso modo de ver nela as transformações da natureza por ela própria, além do estabelecimento concreto da maior de todas as certezas do homem na terra: a morte.
Finitudes humanas não me assustam num primeiro momento, mas me conduzem num segundo instante, para a superação do fim da vida em si mesma pela ultrapassagem criativa dos conceitos: a morte não mata em nós o desejo pela vida! Não é isto uma vitória do humano diante da certeza de que um dia teremos que "partir"? Alceu Amoroso Lima nos lembrava isto!
Não se coloca na mesma bandeja a verdade e a mentira, exceto no exercício da relativa verdade e da relativa mentira. Mas esses sentimentos não podem ser ME-TA-DES. Nenhuma mulher fica meio grávida - é assim que entendo a verdade. Meias verdades e meias mentiras até são possíveis no exercício da nossa retórica, mas esbarram nos componentes externos como as expectativas sociais; e internos, (principalmente) como as nossas consciências.
O mundo moderno nos tem premiado com informações em todos os níveis e pelos diversos canais. A impressão que temos é que a humanidade não estava preparada para a revolução que a internet provocou em todos nós, compelindo-nos, não raro, a interagir com ela, sob pena de sermos levados por seu processo.
Vivemos cercados de telefones fixos, celulares comuns e multifuncionais, televisão em cores analógicas, digitais com conversor, sem conversor, FULL HD, 3D, câmeras de segurança no trabalho, no prédio onde moramos, equipamentos de mp3, mp4, 5, 6, etc., IPOD, NOT E NETBOOK, câmeras fotográficas digitais de todos os tipos, computadores "mini" e tradicionais com telas convencionais ou em LCD, PEN DRIVES de todos os GIGAS, WEB CAM de vários tipos, etc.. Acrescente-se a isto, todos os acessórios como pilhas recarregáveis, carregadores de bateria e de celulares, controles remotos de quase todos e, de quebra, do portão do prédio para acionar a saída do carro, dentre outros e mais outros...
A gente fica meio zonzo só com a busca dos nomes para compor estas informações, imagine como não ficamos nos processos de permanentes adaptações do nosso modo de vida com esses equipamentos e seus acessórios.
Esses citados equipamentos, não deixam de ter influência direta nas nossas formas de ser. Isto novamente tem o lado bom e verdadeiro, mas tem o lado ruim. Chegam até a estremecer a configuração das nossas verdades absolutas que sempre têm interferência no processo de globalização que nos invade, nos toma de nós e às vezes nos deixa sem opinião.
Talvez chegue o dia em que as pessoas necessitem de se revisitarem como foram um dia. Qualquer coisa como termos saudades De tudo que um dia fomos. Isto é muito sério e não parece distante de acontecer, principalmente porque o mundo de fora não sustenta o de dentro, como a mentira não sustenta a verdade, mas tergiversa.
O processo humano encontra-se abalado, estremecido. As pessoas estão cada dia mais presas aos bens de consumo e esses bens não têm dado a elas o substrato para administrar suas crises. "Chorar num carro novo com ar condicionado é melhor do que chorar dentro de um ônibus" - pensam alguns. Particularmente, prefiro não chorar, mas se o fizer tem que ser por mim e pelas minhas convicções. Neste meu caso, o carro novo seria um detalhe, pois talvez o ideal fosse a combinação de tudo que nos fizesse feliz. Contudo, nenhuma felicidade como princípio interno de amorização, pode ser alcançada de fora pra dentro, mas de dentro pra fora. Talvez Sartre tenha mesmo razão: "o inferno são os outros". No dia em que o nosso inferno for também o nosso céu, talvez estejamos perto de uma evolução desejada pra humanidade na terra. Deus e o diabo na terra do sol? - Glauber Rocha que nos ajude nessa viagem!
Por enquanto, a gente segue sem saber ao certo quem fala a verdade diante do mesmo fato, porque o próprio fato gerador é objeto de dúvida, como é o caso da chegada do homem a lua. Ainda hoje, há muitos que não acreditam, a despeito de tanta tecnologia e tanta lógica formal nos projetos Americanos e Russos.
Portanto, se a sua caixa postal que todo dia é invadida por tantos e-mails lhe der uma notícia da chegada de Jesus na terra, não acredite! Até porque Jesus só chegará para aqueles que ainda não o tiverem dentro de si.
A internet tudo tem podido, tudo tem feito, tudo tem solucionado. Ela só não tem conseguido mostrar a verdade nua, despudorada, crua; ela não tem conseguido unir as pessoas, mas reuni-las em função de futilidades ou quando nem tanto, de coisas que não contribuem para um mundo sem violência, mas com muita solidariedade entre todos.
Podem questionar: por que não falou também dos benefícios da net e suas facilidades no nosso cotidiano? Por um motivo simples: é obrigação nossa fazermos o bem e inventarmos o bom. Vivemos a crise do bem e isto tem que ser despertado por todos a bem da verdade, num pouco da lógica bíblica do "separar o joio do trigo"...
Carlos Sena - csena51@hotmail.com