O FILME DA VIDA
Um dia perguntaram a Federico Fellini se improvisava muito. Ele respondeu:
"- Claro! Depois de ensaiar bastante!".
Descobrir a verdadeira aventura é o primeiro passo para compreender o que distingue realidade e ficção. A vida não é um encadeamento previsto e calculado dos fatos, onde todas as cenas tem finalidade e sentido. Nossa jornada não é roteiro de cinema. Pelo menos, não enquanto acontece.
Um filme precisa fazer sentido. E a vida? Não há a menor garantia. Em meio a uma sucessão de reviravoltas uma cena é clara: o nascimento de um bebê. A criança em direção à realidade exterior, cabeça encaixada na saída do colo do útero. Dentro da mãe, pronta para nascer, a vida está de ponta-cabeça.
E a criança não perde o prazer de olhar as coisas de uma forma diferente. Dar cambalhotas, fazer piruetas, plantar bananeira é se permitir ver o mundo com tudo fora do lugar. Enquanto o adulto, reprimido pelos limites, não tolera o inesperado.
Então, quando a vida é revirada num evento devastador experimenta o caos. O avesso do sentido se instala. E sobrevive quem não esqueceu que tudo começou assim: de pernas para o ar!
A marca do sobrevivente costuma acompanhar muitos protagonistas e heróis do filme da vida de ponta-cabeça!
(*) Imagem: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net
Um dia perguntaram a Federico Fellini se improvisava muito. Ele respondeu:
"- Claro! Depois de ensaiar bastante!".
Descobrir a verdadeira aventura é o primeiro passo para compreender o que distingue realidade e ficção. A vida não é um encadeamento previsto e calculado dos fatos, onde todas as cenas tem finalidade e sentido. Nossa jornada não é roteiro de cinema. Pelo menos, não enquanto acontece.
Um filme precisa fazer sentido. E a vida? Não há a menor garantia. Em meio a uma sucessão de reviravoltas uma cena é clara: o nascimento de um bebê. A criança em direção à realidade exterior, cabeça encaixada na saída do colo do útero. Dentro da mãe, pronta para nascer, a vida está de ponta-cabeça.
E a criança não perde o prazer de olhar as coisas de uma forma diferente. Dar cambalhotas, fazer piruetas, plantar bananeira é se permitir ver o mundo com tudo fora do lugar. Enquanto o adulto, reprimido pelos limites, não tolera o inesperado.
Então, quando a vida é revirada num evento devastador experimenta o caos. O avesso do sentido se instala. E sobrevive quem não esqueceu que tudo começou assim: de pernas para o ar!
A marca do sobrevivente costuma acompanhar muitos protagonistas e heróis do filme da vida de ponta-cabeça!
(*) Imagem: Google
http://www.dolcevita.prosaeverso.net