George, o pai e a esposa.
DISSEMOS ADEUS... Outra Vez!
Hoje, mais uma vez, participei dos ritos de adeus a uma pessoa da família. Desta vez nos despedimos de George, filho de meu cunhado Marcos Antonio, irmão de minha sobrinha Mayara.
George adotou minha irmã como mãe. Havia entre eles muito carinho e ela, que há poucos dias perdeu o pai e um irmão, hoje sepultou o filho. O que dizer neste momento? Apenas oferecer o ombro. Orar junto.
Na despedida final o pai, em seu adeus emocionado, nos fez chorar. Era a fala de um homem que tem o dom de comunicar, de alegrar as manhãs dos caicoenses com seu programa de variedades, mas, naquele momento ele era só emoção – um pai que entregava o filho nas mãos do criador.
As palavras, entrecortadas pelo soluço abafado, transbordavam de orgulho e amor. Mais que um pai falando de um filho era um amigo falando de outro, um companheiro que reconhecia a grandeza da vida. Fez um apelo aos presentes: não vamos nos desesperar, George era a própria esperança, não choremos, pois nosso menino era só alegria. Vá meu filho, nós cuidaremos da semente que você deixou plantada aqui na terra.
Uma tarde dolorosamente triste. Não é fácil ver partir um jovem de trinta e três anos, recém-casado, esposa grávida de dois meses, cheio de planos, sonhos. Profissional bem sucedido, funcionário muito querido – a empresa onde ele trabalhava (a Kia) estava em peso em seu sepultamento.
Minha irmã estava transtornada. Sua filha repetia: Tia eu não agüento mais, é muita perda em tão pouco tempo. Não soube calar seu lamento. Apenas orei por todos eles, por todos nós. Que a morte nos dê uma trégua. Que a tristeza dissolva-se em nossas lembranças e o sorriso volte a ser a marca mais forte em nossos encontros. Que o toque do telefone não nos assuste.
Adeus George. Força minha irmã, você, marcos e Mayara encontrarão em Deus a consolação. Ele sabe todas as respostas. Confiemos n’Ele.