Fora das Grades

Muito se tem discutido sobre o fato da utilização do software-livre. Os críticos afirmam que com este modelo a inovação seria inibida, visto que faltaria investimentos em pesquisas e desenvolvimento. Esses defensores do modelo de software proprietário não conseguem interligar a era em que vivemos à nessessidade de termos um software que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem restrição.

Esse pensamento minúsculo permanecerá por algum tempo, visto que os monopólios consolidados e com centenas de bilhões de dólares em caixa necessitam dessas manobras para conseguir mais alguns cifrões, afim de aumentar sua “pequena” receita.

Mas, é reconfortante notar que olhares se convergem. Enquanto tem tantos a criticar, muitos outros apóiam e participam desse compartilhamento e solidariedade de informações. Com o software-livre não é necesário recriar idéias pois a partir do trabalho que milhares de outras pessoas criaram, é possível concentrar em problemas novos e nas suas possíveis soluções.

Uma coisa é certa, tudo é possível diante da filosofia do software-livre. Aqui nada precisa ser escondido e ajudar faz bem. Quando se usa um código aberto não são os dólares que estão em jogo e sim o conhecimento compartilhado.

O software tem que deixar de ser um elemento totalmente comercial e que requer investimentos monstruosos. Tudo que se necessita é criatividade e vontade de aprender. Para o Movimento do Software Livre, não é ético aprisionar conhecimento científico, e o mesmo deve estar disponível sempre, para permitir assim a evolução da humanidade.

Usar um programa “fora das grades” significa ter a possibilidade de entender como ele funciona. Em outras palavras, qualquer um pode acessar e alterar seu código-fonte. Já no software proprietário, as pessoas não tem essa liberdade.

Como dizem os hackers, programar é a melhor coisa que se faz vestido. Por que então não compartilhar essa coisa boa e desmistificar esses tantos mitos que giram em função do software-livre?