Boazinha, Eu?
Fazer elogios requer certo cuidado! Nem sempre o que se diz com intenção elogiosa, assim é assimilado pela pessoa a quem o comentário se refere.
Certa ocasião estava procurando uma pessoa que pudesse me prestar um serviço na divulgação de uma palestra que iria ministrar. Eis que me telefona uma moça jovem, que fora encaminhada para o tal serviço pela mãe de uma colega, de uma das minhas filhas.
Expliquei-lhe qual seria a proposta e as condições do trabalho e lhe fiz algumas perguntas básicas, para verificar se a mesma tinha a disponibilidade e os requisitos necessários para o desempenho da tarefa. Se assim fosse, nos encontraríamos e daríamos prosseguimento ao processo.
Após duas ou três perguntas, ela mostrou-se impaciente e num tom de quem quer encerrar a conversa perguntou-me: - Precisa tudo isto? Sem esperar que eu lhe respondesse, acrescentou que a pessoa que a havia indicado lhe teria dito que tudo se resolveria rapidamente, porque eu era muito boazinha.
Respirei fundo e por alguns segundos fez-se um silêncio total. Em seguida, com uma voz sibilante, perguntei-lhe: - Boazinha, Eu? Ela titubeou um pouco e vacilante disse sem muita convicção: - Sim, senhora!
Pronto, o estrago estava feito! Disse-lhe enfaticamente que não era boazinha e não seria boazinha.
A coitada sem entender nada, justificou que só estava repetindo a fala da outra e para piorar a situação, concluiu dizendo que só tinha ligado por insistência da tal pessoa, porque ela mesma, quando soube que eu era psicóloga tinha pensado em desistir. Acreditava que os psicólogos eram uns doidos.
Para confirmar ainda mais sua idéia, eu disse-lhe: - Antes doida que boazinha. E assim encerramos o nosso telefonema.
Esta é uma história fictícia, para ilustrar o quanto pode ser desastroso um impensado e mal formulado elogio.
A personagem, colega psicóloga, num dia de furiosa TPM ficou ensandecida por um “ingênuo” elogio.
Se para muitas pessoas, ser boazinha, é um honroso título, que tentam adquirir à custa da repressão dos seus verdadeiros sentimentos e pensamentos, para outras, é bem diferente.
É um abominável resquício da lavagem cerebral feita por uma educação retrógrada, que privilegia a máscara, as convenções, a mentira, a hipocrisia, a superficialidade e o faz de conta, em detrimento à verdade e integridade do Ser, com a sua diversidade de aspectos, qualidades, potencialidades, limitações e dificuldades.
Assim sendo, para estas últimas, ser boazinha, não constitui um elogio e sim uma crítica à sua falta de autenticidade.
Fazer elogios requer certo cuidado! Nem sempre o que se diz com intenção elogiosa, assim é assimilado pela pessoa a quem o comentário se refere.
Certa ocasião estava procurando uma pessoa que pudesse me prestar um serviço na divulgação de uma palestra que iria ministrar. Eis que me telefona uma moça jovem, que fora encaminhada para o tal serviço pela mãe de uma colega, de uma das minhas filhas.
Expliquei-lhe qual seria a proposta e as condições do trabalho e lhe fiz algumas perguntas básicas, para verificar se a mesma tinha a disponibilidade e os requisitos necessários para o desempenho da tarefa. Se assim fosse, nos encontraríamos e daríamos prosseguimento ao processo.
Após duas ou três perguntas, ela mostrou-se impaciente e num tom de quem quer encerrar a conversa perguntou-me: - Precisa tudo isto? Sem esperar que eu lhe respondesse, acrescentou que a pessoa que a havia indicado lhe teria dito que tudo se resolveria rapidamente, porque eu era muito boazinha.
Respirei fundo e por alguns segundos fez-se um silêncio total. Em seguida, com uma voz sibilante, perguntei-lhe: - Boazinha, Eu? Ela titubeou um pouco e vacilante disse sem muita convicção: - Sim, senhora!
Pronto, o estrago estava feito! Disse-lhe enfaticamente que não era boazinha e não seria boazinha.
A coitada sem entender nada, justificou que só estava repetindo a fala da outra e para piorar a situação, concluiu dizendo que só tinha ligado por insistência da tal pessoa, porque ela mesma, quando soube que eu era psicóloga tinha pensado em desistir. Acreditava que os psicólogos eram uns doidos.
Para confirmar ainda mais sua idéia, eu disse-lhe: - Antes doida que boazinha. E assim encerramos o nosso telefonema.
Esta é uma história fictícia, para ilustrar o quanto pode ser desastroso um impensado e mal formulado elogio.
A personagem, colega psicóloga, num dia de furiosa TPM ficou ensandecida por um “ingênuo” elogio.
Se para muitas pessoas, ser boazinha, é um honroso título, que tentam adquirir à custa da repressão dos seus verdadeiros sentimentos e pensamentos, para outras, é bem diferente.
É um abominável resquício da lavagem cerebral feita por uma educação retrógrada, que privilegia a máscara, as convenções, a mentira, a hipocrisia, a superficialidade e o faz de conta, em detrimento à verdade e integridade do Ser, com a sua diversidade de aspectos, qualidades, potencialidades, limitações e dificuldades.
Assim sendo, para estas últimas, ser boazinha, não constitui um elogio e sim uma crítica à sua falta de autenticidade.