Fidel e Obama
Numa atitude muito independente, Fidel Castro acaba de elogiar Barack Obama pelo Premio Nobel da Paz recebido.
Taxativamente, falou bem claro, agora com a sabedoria dos seus 83 anos, que Obama não segue a política genocida dos seus antecessores. A afirmação parte do maior inimigo da política militar americana; não pode ser desconhecida.
O velho líder continuou seu pronunciamento, afirmando que a extrema-direita americana castiga o presidente, acusando-o inclusive de ser o responsável pela perda de Chicago de sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Na verdade, os direitistas americanos não usam a palavra perder. Ninguém vê uma manchete de jornal americano dizendo que os Estados Unidos perderam a partida de basquete contra a Alemanha, por exemplo. A notícia é sempre nos moldes de "a equipe norte-americana não conseguiu bater o forte time alemão, em excelente fase." A palavra derrota não existe.
Fidel elogiou Obama também por ter tomado a iniciativa de doar o 1,4 bilhão de dólares aos mais necessitados do seu país.
O comandante de Sierra Maestra sabe muito bem que é agora ou vai ficar cada vez mais difícil uma aproximação com os Estados Unidos. Por mais de uma vez o presidente americano já acenou com esta possibilidade.
Como não é mero fantoche, mas demonstra forte personalidade, Obama é sim capaz de acabar com este bloqueio sem sentido. De fazer a paz.
Não tenho bola de cristal. Mas não duvido nada que breve tenhamos um encontro pessoal entre os dois líderes.
Será uma vitória para a América!