COISAS ABSURDAS
 
 
 
Vou falar de coisas absurdas, algumas, pois li hoje um recantista falar sobre prostitutas e outras considerações, e estou no apartamento da minha filha e usando o seu computador... Chego à conclusão que a gente é muito louca quando esta fora do seu habitat.
 
Morte é absurdo.
Prostituta é absurdo.
Advogado é absurdo.
Mãe também é absurdo.
 
Comento o que acabo de fazer como mãe com a minha filha, que é uma jovem linda têm seu trabalho, seu carrão, seu apartamento, livre e independente. É uma mulher sábia, respeitável, vive viajando pra todo lugar do mundo e etc.
Ela veio e me acordou para eu trancar a porta com sua saída. Atendi e fui atrás dela. Vestia um vestido modernoso delineando bem o corpo e um sapato alto bege todo furadinho parecido com uma sandália. Com a naturalidade impensada de mãe “mandei” ela trocar o sapato por outro, uma sapatilha preta de bolinhas brancas, e trocou dizendo “mas vou ficar uma menina”... Eu falei qualquer argumento justificando e ela foi como se fosse a criança de antigamente. Fechei a porta e “cai em mim: como fiz aquilo, eu que a respeito tanto, mas agi como se estivéssemos vinte anos atrás”. Você vê como a mãe faz cada absurdo, assim num lapso de tempo... Como ela também que aceitou ser filha...
 
Advogado também, e até peço desculpa aos bons profissionais. Mas advogado é a profissão pior que há, pois fazem o maior prejuízo ao oponente se é para beneficiar seu cliente, e fazem qualquer negócio por dinheiro sem o menor escrúpulo ou ética. Explico, aceitam o encargo solicitado se for para libertar um bandido, ou um assassino, ou um defender os interesses errados do seu cliente, usando de todos os subterfúgios que a lei lhe permite, sem levar em conta o aspecto ético ou a injustiça que pratica. E faz com tal prontidão que prejudica seu colega em posição adversária. Em poucas palavras, “faz qualquer negócio por dinheiro”. Ainda ri vitorioso e se julga o tal, quando devia se envergonhar pelo indigno fazer e por tantos males causar. É um pulha, um canalha.
 
Assim igualmente como a prostituta que faz qualquer negócio por dinheiro e ainda se justifica, e não se sabe quando vai se extinguir esta palavra da vida social. Acho que enquanto houver mulheres que recebem pagamento para seu corpo ser usado como o freguês queira a mulher nunca será respeitada pelo homem. Creio que isto é um problema social gravíssimo criado pelos homens maus, egoístas, machistas, fracos e desprezíveis. Incultos, ou que não sabem amar.
 
E a morte é a coisa mais absurda de todas, por ser irremediável.
Nesta quinta-feira, 22 de outubro de 2009, uma triste quinta que marca um ano da morte do meu colega e amigo Monnerat. Só podemos lembrá-lo no nosso sentimento de perda e saudade do seu riso bom, do seu abraço sincero e amigo, da sua bondade, da sua alegria. Que a Virgem Maria possa estar ao seu lado amando-o e o alegrando.