"Salada de fruta" nem sempre cai bem
Começou a “salada de frutas”. Pedaços de um governo sem popularidade no final de seu mandato, uma pitada de crise econômica arrebatadora e, para a cobertura, congressistas em ebulição eleitoral. É através dessa “salada” que a Casa Branca, juntamente com as lideranças legislativas, experimentaram o gostinho que não se via desde 1987.
Reboliço foi o que não faltou nos telejornais. Matérias revelavam queda do índice Dow Jones, aumento do dólar e o pânico mundial perante o efeito destrutivo da economia. Até mesmo o Brasil, que o presidente Luís Inácio Lula da Silva (Lula), afirmou estar preparado para lidar com a crise e que o país não seria atingido, se tornou ingrediente indispensável na “salada”. A Bovespa chegou a ter uma das maiores quedas de sua história, 10,2% em um único pregão. É tido como certo, porém, que nenhum país está imune, e que a “salada de frutas” sempre tem espaço para mais um.
Nessa sexta, 03, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou, depois de rejeitado uma vez, o pacote de ajuda ao sistema financeiro norte-americano.
Agora nos resta apenas a esperança de que a incerteza do futuro da economia global tenda a radicalizar-se e que a ingestão da “salada” não continue a ser tão desagradável.
Publicado em Outubro de 2008.