QUE MUNDO ESTAMOS DEIXANDO PARA NOSSOS FILHOS?
Ultimamente temos acordado com os passarinhos cantando. É delicioso acordar com essa sinfonia. Começamos escutando uma melodia longe, que aos poucos vai ficando mais forte, até que a gente acorda. Não identifico qual passarinho canta na minha janela, mas estou ficando preocupada com a integridade física dele.
O fato é que ele começa cantar às cinco da manhã, e não importa o dia da semana. Meu marido está de férias e não é tão amante de pássaros assim, a ponto de achar lindo ser acordado às cinco da manhã ainda que seja pela mãe natureza. A urbanidade limitou sua capacidade de se deslumbrar com o natural no urbano.
No entanto, temos que reconhecer que “nós” invadimos o espaço que era natural; nós incomodamos as tartarugas marinhas com nossas luzes artificiais e as confundimos no seu caminho para o mar; nós incomodamos os pássaros de Bonito quando fazemos micareta naquele santuário; nós incomodamos os bichos quando fazemos focagem noturna no Pantanal; nós desalojamos os cupins quando derrubamos suas árvores e depois eles invadem nossas casas.
O homem (leia-se as grandes indústrias aliada aos governos), na ânsia do ter, ignoram as conseqüências de qualquer interferência no meio ambiente. Pouco a pouco vamos sofrendo as conseqüências dessas ações,tais como chuva em demasia onde antes não chovia; terremotos; mini tornado no centro-oeste; ataques de pombos, de jacarés em plena cidade; elefantes invadem aldeias, tigres invadem cidades, enfim é a revolta, ainda que lenta, da natureza.
Somos seres unos. Um não deve reinar sobre o outro, somos elos de uma mesma corrente e como parte racional dessa corrente temos que mantê-la inteira, forte. Essa é nossa função sob pena da nossa extinção como raça. Li uma frase mais ou menos assim: “muitos estão preocupados com o mundo que estamos deixando para nossos filhos. Poucos se preocupam com os filhos que estão deixando para o mundo"
Serão eles os nossos futuros presidentes, governadores, empresários, professores...