Em alemão, Nationalsozialistiche Deutsche Arbienterpartei; traduzindo ao português, Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, o PARTIDO NAZISTA; que nasceu oficialmente em 1933 e jamais deixou de existir. No papel ou oficialmente, raramente se vê alguém assumir a condição de partidário ou seguidor, mas nos porões, clubes secretos e páginas da internet, a ideologia anti-semita, discriminatória das minorias e altamente racista, não morreu com seu ídolo mor, Adolf Hitler em 1945.
 
Antes mesmo desta sigla, o Partido Nazista foi Comitê Livre para a Paz dos Trabalhadores Alemães e anos mais tarde, PARTIDO DOS TRABALHADORES alemães; qualquer observância com a nossa história terá sido mera coincidência!
 
O partido Nazista dominou a Alemanha entre 1933 até 1945, sendo a única força política daquela época; seu idealizador, pai e mantenedor, Hitler, chegou ao poder alemão como Chanceler, uma espécie de Ministro de Relações Exteriores e em seguida desferiu um duro golpe contra os alemães e contra a história da humanidade; apoderou-se do Poder germânico e passou a ter devaneios de limpeza étnica e de domínio absoluto do mundo. Hitler queria colocar seu nome na história e assim o fez; não como um Estadista, mas determinadamente como um carniceiro e vilão; o sanguinário que tirou a vida de nada menos que 50 milhões de pessoas e esquartejou a alma do restante do mundo.
 
Regimes perversos, partidos políticos inescrupulosos e pessoas indecentes, isso jamais deixará de existir, mas o mundo não imaginou que outros Hitleres nascessem após o trauma da Segunda Grande Guerra; ninguém imaginaria que alguém fosse ter pensamentos tão medíocres e atrozes, capaz de querer mudar o rumo natural da história através de barbáries, chacinas e holocaustos. Depois de Adolf Hitler e seu Partido Nazista, inúmeros hecatombes nasceram e de igual forma e menor intensidade, mancharam a condição da dignidade humana.
 
Em outros capítulos eu não me cansei de citar diversas outras nações cujos ditadores se disfarçam de democráticos e utilizam da capacidade reduzida e do empobrecimento social para dominarem como soberanos; gente que prega a democracia e a divisão justa das riquezas de um país entre os seus nacionalistas, mas que praticam algo totalmente diferente, desigual, sevo, sádico e inumano; que o digam os governantes de muitos países africanos, alguns tantos da América e um punhado da vastidão esquecida asiática.
 
O medo deveria ter morrido com Hitler em 1945; a preocupação do mundo deveria estar focada na melhoria e no conserto do estrago feito pelo Nazismo e pela guerra; a escapula deveria ocorrer no sentido de apagar de vez a menor possibilidade de termos mais gente que se inspira em Hitler e seu regime fascista, mas a história insiste em nos mostrar que isso é mera utopia moderna; os jornalistas insistem em nos mostrar que Hitler e Mussolini foram infantes diante de tantas atrocidades ocorridas nos tempos atuais.
 
O número 50 milhões pode impressionar até o mais rigoroso dos ditadores; as cenas registradas por milhares de historiadores que permanecem vivos e capazes de testemunhar a história poderiam sensibilizar até o mais cruel dos tiranos, mas não sensibiliza, muito menos o faz crer ter havido, Mahmoud Ahmadinejad, Presidente questionado do Irã.
 
Declaradamente contra as minorias, como os homossexuais, Ahmadinejad insiste em afirmar que não houve nenhum holocausto; que nenhum Judeu morreu pelas atrocidades do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Presidente questionado do Irã, que atualmente vive seus dias de glória, com a mídia internacional lhe dando foco de estrelismo, contraria a história viva de quem sobreviveu ao inferno e segue firme em seu propósito de matar aquele que não concordar com suas teses diabólicas; ao final ele ainda se diz um homem do povo; povo este que não lhe deseja mais como governante.
 
Nunca é demais lembrar que Hitler também foi eleito; o Terceiro Reich foi instituído após eleições diretas em 1933; o povo alemão confiou ao grupo hitlerista as decisões daquela nação para os anos seguintes e ninguém, nem mesmo seus aliados desconfiaram de algo errado até ele se declarar o dono da Alemanha; poucos sabiam dos planos reais de Adolf Hitler para dizimar quem não lhe fosse simpático; esta ideologia déspota e mentecapta foi tão forte que originou em um novo ramo de ciência política, o Nazismo; muito embora ninguém utilize da nomenclatura “Nazista” para querer chegar a qualquer poder, o Nazismo e suas várias vertentes continuam existindo e persistindo em levar ao mundo o fascismo e o ódio de alguns poucos.
 
Na própria Alemanha devastada pela Guerra, vários grupos, de velhos e jovens seguidores do pensamento de Hitler; volta e meia aparecem na mídia em desfiles indecentes tentando mostrar ao mundo, não a inferioridade de alguma raça, mas sim a superioridade “ariana”; meros acéfalos que não conseguem empregos decentes ou uma tarefa simples para os padrões atuais: uma parceira!
 
Querer serem superiores às demais pessoas ou aos demais povos é uma tarefa preocupante; Roma e seus Césares ditadores foram os grandes inspiradores de Hitler, segundo suas próprias memórias; á águia e a suástica também foram remodeladas dos tempos do Império Romano; toda a simbologia e parte da ideologia foram importadas de outras ditaduras admitidamente claras pelo próprio Hitler; o que ele não abria mão em afirmar é que o seu povo era o único tido como raça pura; neste caso, qualquer outro povo poderia até ser aliado, mas jamais considerado igual ou confiável, caso flagrante da Itália e Japão.
 
Quem possui síndrome de superioridade não respeita ninguém; possui desconfiança até de sua mãe, filhos, esposa e amigos; aqueles que criam o processo de ascendência do ego e põem em prática o lado político governamental, carece imediatamente de tratamento psíquico; o Poder para estas pessoas se revela tão sobranceiro, que nada é capaz de satisfazê-los por completo. Irá existir sempre a aspiração de se tornar mais forte perante seus subordinados, mais poderoso e temido perante suas vítimas e mais verdadeiro perante suas convicções.
 
Hitler sobreviveu a, pelo menos 42 tentativas de morte, muitas delas programadas por seus próprios aliados que já estavam convencidos de suas sandices; ele só sucumbiu, segundo a história, a morte programada, quando ele próprio tirou-lhe a vida oito dias após ter admitido a derrota para os aliados; o mesmo final não teve Mussolini, que foi apanhado por populares e linchado até a morte em praça pública.
 
No Irã, Ahmadinejad se esconde por trás da tirania do regime dos Aiatolás; os líderes religiosos que compõem o Conselho Supremo iraniano, também se consideram diferentes e iluminados, mas não conseguem viver em paz com o seu próprio povo ou seus próprios irmãos religiosos. Este grupo clérigo que comanda o país desde a revolução da década de 70; depois que o Irã se fechou completamente para o mundo, nada sai e nada entra por lá sem a aprovação direta dos líderes religiosos, que inclusive, são os que fazem as leis locais. A figura do Presidente existe apenas para ser comandado e Ahmadinejad não foi escolhido por acaso; polêmico, cruel e altamente tirano, ele tem participação em diversos massacres contra etnias minoritárias desde a sua inclusão nas forças revolucionárias ainda na juventude.
 
Com poucas alternativas de diálogo com pessoas normais, Ahmadinejad, assim como Hitler, usa de seu poder bélico, dinheiro das reservas de petróleo e da mais nova ameaça, a bomba atômica, para encontrar pessoas iguais a ele, gente que se mantêm sedenta por mais poder, como Hugo Chávez e pelo visto, o nosso Presidente Lula, que insiste em trazê-lo ao Brasil, mesmo após protestos do povo, parlamentares e das classes que mais foram massacradas pelos nazistas; Ahmadinejad nega veementemente a existência do Holocausto, mas não nega Hitler, muito menos os seus métodos!
 
Quando os aliados invadiram Berlim em 1945 e deu um fim a guerra, encontraram escritórios nazistas com pesos para papéis feitos com cabeças humanas reduzidas; esculturas de corpos dissecados; membros humanos em cortes perfeitos dentro de vasos de vidro para serem estudados pelas gerações dos futuros nazistas; milhares de pessoas eram isoladas e entregues a própria sorte até morrerem de fome e sede; tudo isso para que eles, os nazistas soubessem a média de resistência humana para a inanição completa. Estes são alguns dos tratamentos dispensados aos prisioneiros da guerra nazista!
 
Eu que não sou judeu, negro, cigano, cristão ou homossexual; não tive nenhum parente lutando na 2ª Guerra, mas me sinto ultrajado e humilhado com a presença de Ahmadinejad no Brasil; para quem não lembra mesmo após todas as confusões do Governo Vargas em apoiar ou não os Aliados, nossa Força Expedicionária Brasileira foi lutar na Itália contra o Nazismo e lá perdemos muitas vidas brasileiras; vidas reais que deixaram centenas de famílias órfãs e arrasadas; alguns destes corpos de brasileiros, sequer voltaram a sua terra mãe!
 
Como disse o Ministro do Superior Tribunal Militar, Flávio Bierrenbach: “Esse homem tinha de ser proibido de atravessar o espaço aéreo brasileiro e se atravessasse, teria de se autorizar o emprego da Lei do Abate.” Por mais dramática que possa parecer, a retórica do Magistrado brasileiro ainda é insignificante se colocarmos em questão tudo que viveram os que sofreram com os nazistas; tudo que viveu e estão vivendo os que vivem no Irã e tudo que sofreu se é que de fato sofreu mesmo, o Presidente Lula em seus anos de agonia em seus tempos de metalúrgico.
 
Ahmadinejad é o anacronismo do mundo moderno; e seu regime de Governo, que já deveria ter sofrido intervenção por parte da ONU, amedronta o restante da humanidade e nos deixa apáticos diante de tiranias menores (se é que há como mensurar uma tirania). A juventude que rechaçou a última visita de Bush ao Brasil com tanta energia, esta sim deveria ir às ruas protestarem contra a visita de Ahmadinejad; aqueles mesmos jovens, rebeldes sem nenhuma causa, que foram repelir a procissão do presidente Bush, estes deveriam organizar piquetes na porta do Ministério das Relações Exteriores ou do Palácio do Planalto; estas pessoas deveriam marchar em massa até a Embaixada do Irã em Brasília, mostrarem que nós, o povo brasileiro, temos não só memória, mas também temos vergonha na cara!
 
Hitler precisou de um mote para deflagrar a revolução fascista na Alemanha; um incêndio a sede de seu partido foi o motivo para ele liderar um movimento que derramou o sangue de 50 milhões de pessoas. Também não é bom esquecer que entre os apoiadores de Hitler, naquele ano de 1933, estavam partidos ligados a Igreja Católica.
 
Ahmadinejad também está buscando um mote para insuflar aqueles que ele chama de inimigos do povo. Ora ele testa uma arma aqui, ora testa um míssil acolá; outra hora ele financia algum maluco de debilidade mental similar a sua e em outros momentos, o Presidente do Irã fica convencendo gente como Lula a dar-lhe algum tipo de apoio despretensioso, somente para que ele pose na foto como um bom moço!
 
Podemos ser ou não ser tudo que Hitler odiava e Ahmadinejad odeia; só não podemos esquecer que, mesmo diante de tantas raças e credos, somos todos pertencentes à mesma raça; a raça humana e que infelizmente, pessoas como Hitler e Ahmadinejad também descendem. A história continuada diz que 11 anos depois que Hitler morreu, nascia Ahmadinejad!
 
Poucas vezes eu me referi a estas duas espécies monstruosas sem escrever jargões mais aguerridos; posso não ter o sangue dos grupos perseguidos, mas nasci de um casal sano e humilde; inteligentemente capaz de saber o que é certo e o que é errado; que independentemente da cultura que foram criados, aprenderam a respeitar a dignidade das outras pessoas, sejam elas quem for e isso me foi passado, da mesma forma que a 99% dos brasileiros.
 
Infelizmente, os cerca de menos de 1% dos que apóiam as idéias de Hitler e convidam Ahmadinejad para vir ao Brasil, são os que mandam; são os que foram eleitos pelo povo e esta é a maior prova de que a história e a memória daqueles que sofreram e morreram pelas mãos atrozes, não vale nada; não significa mais nada. Uma lástima!
 
 
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br
 
“o convite feito pelo Brasil ao presidente do Irã é uma bofetada na memória da Força Expedicionária Brasileira, que foi para a Europa lutar contra o nazismo” Flávio Bierrenbach.
 
Este texto de repúdio a vinda de Ahmadinejad ao Brasil é uma homenagem póstuma a todos os que morreram na 2ª Guerra contra o Eixo do Mal; todos os perseguidos e mortos pelo Nazismo e pelo Regime dos Aiatolás no Irã.


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Enviado por CHaMP Brasil em 20/10/2009
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