A corrida: Parte 2
Já se passaram três semanas e continuo firme e forte no meu obejtivo: Cair desmaiada na grama do Curupira. rs
Bom, continuo correndo neste parque e pra falar a verdade estou indo muito bem. Muito mais do que eu imaginava. É como alguém disse: o mais difícil é o primeiro passo. O segundo também. Assim como o terceiro, o quarto... E então, começa a ficar fácil.
É interessante como depois acabamos gostando da coisa. Mas conforme vai ficando fácil, vai perdendo a graça... Pois é, é nessa hora que a gente inventa.
Não satisfeita com minha dificuldade de correr no plano, resolvi encarar o morro.
Olhei para a pista recem pintada, me chamando. Eu estava sozinha. Era domindo à tarde. Uma tarde agradável e fresca.
Ok. Vou tentar.
Decidi que iria seguir meu ritmo, assim que não aguentasse mais, iria parar!
Os duzento primeiros metros eram os piores. Mais inclinados. Mas eu tina que, pelo menos, tenta.
Comecei bem. Cheia de ânimo e boa vontade.
Cinquenta metros depois e já respirava ofegante. Pronto, já quis parar.
Foi quando ele apareceu. 1,87m. Cabelos pretos lisos, olhos castanhos claros. Sem camisa. E que corpo!!! Parecia uma miragem.
Tenho que admitir, é ridículo isso. Mas fiquei com vergonha de parar. Bem no começo do caminho. Ia ser humilhante demais.
Então, respirei fundo e continuei. Depois de alguns passos, o morenos passou. E o desespero também.
E eu percebi que estava correndo bem.
E corri mais duzentos metros. Claro, tive que respeitar meus limites e depois voltei a caminhar, vômitando os pulmões... Mas estava satisfeita.
Foi interesse perceber que meus limites são muito mais flexíveis do que eu pensei.
Ver que quando a gente coloca um pouco de fé e determinação, as coisas podem acontecer.
O resto do caminho era muito mais fácil. E eu voltei a correr...
É difícil manter o objeto. As vezes não dá pra acreditar que vamos conseguir.
É nessa hora que devemos insistir. Re-iniciar. Perceber que com um pouco de esforço, a partir do primeiro passo vamos longe...