A corcunda de Eva

Não que eu goste do bizarro,

mas, era apaixonado pela

corcunda de Eva.

E ao contrário do que se pensa,

corcunda macia,

gostosa de se acariciar.

Tinha a impressão de que eram

seios que eu segurava.

Feia ? De modo algum;

dava à ela, só um ar de anciã,

coisa que não é.

Me imaginei várias vezes

em carícias que iam do

estranho ao rude.

Amor, não fizemos;

não tive coragem de me declarar.

Deixou-me aqui, com vontade

de, depois do amor,

adormecer não nos seus seios,

mas, na sua corcunda.

Sentir em carícias, a bondade

daquele pedaço à mais.

De repente, o gozo poderia estar ali

e seria multiplicado por mil.

Eu a acariciaria,

jurando amor eterno

e acordaria todos os dias,

contemplando não as montanhas,

mas, aquele monte,

bem ali, ao meu lado.

Saudades da corcunda de Eva.