Enquanto olho pela janela...

A vida é cheia de caminhos, com percursos cheios de calmaria com belas paisagens, ou de estradas íngremes, que parecem levar a lugar nenhum, ou de percursos leves, ou pesados demais... Sejam atalhos, percursos curtos ou longos... E todos sempre atrás do mesmo sonho dourado: felicidade, mesmo sem saber defini-la muito claramente...

Acho que de qualquer modo, todos chegam lá... Mesmo que seja um vislumbre tênue apenas... Mas porque a gente tem que complicar tanto, racionalizar tanto...

Nos dias de hoje, nós queremos igualdade... Achamo-nos capazes e merecedoras de mérito como todos os homens... Mas se por um lado pensamos assim, por outro lado, sabemos que pensamos, sentimos e agimos diferente... Então, porque agimos como se todo homem devesse ter bola de cristal e perceber o que estamos querendo? Homem é objetivo... Ele vê primeiro e depois talvez se sobrar um tempo, se consegue olhar sem envolvimento, se permite sentir... Mulher ao contrário, sente e pressente, se emociona até mesmo sem ver... E quando vê, pensa não acreditar no que vê...

Homem quer liberdade, mas se ressente quando não é cobrado... Mulher quer ser cativa, mas finge que não quer ser capturada...

Homem quer viver a relação... Mulher quer entender a relação e contradizem o dizer popular de que homem é razão e mulher a emoção...

Homem é adrenalina pura, aventura, emoção, agilidade, prontidão...

Mulher é calmaria, porto seguro, sensatez...

E mesmo tão diferentes, lutam por igualdade... Homem quer ser visto também por sua sensibilidade sem ser considerado frouxo... Mulher quer ser vista por sua inteligência, sem ser considerada frígida...

E... Mesmo sendo tão fácil juntar as duas metades, demoramos escolhendo a metade ideal, e na maioria das vezes, achamos que é uma metade maior, ou uma metade menor... não paramos para pensar o quão monótono seriam duas metades iguais, e seguimos procurando metades iguais, quando seríamos mais felizes, mesmo por um efêmero instante se aceitássemos as metades oferecidas pelo destino. Maiores, ou menores, são diferentes; e quando se completam, não forma um todo acabado, mas metades que vão se transformando até chegar cada um a ser a metade mais próxima ao ideal...

Mas... Como o ideal está sempre lá no alto da colina, vislumbramos a metade igual, mesmo que não seja real... Sonhando e procurando pela metade ideal...

sukie hikari
Enviado por sukie hikari em 19/10/2009
Reeditado em 11/11/2009
Código do texto: T1874301
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