Encontro com o sublime
Procura, corre, caminha procurando uma linguagem límpida, construída pela mão que lhe consome. Esgota-se a visão dramática realizada por exímio artífice com certo tipo de silêncio decomposto pela opulência das palavras puras. Texto saído das páginas mágicas, entre nós notáveis com graça, revelada serenamente em fabulação eivada de ternura.
Consagração em vida de obra luminosa, arguta, com efeito, de originalidade ágil para prosa que mistura entidades vivas; imersas, relativa a doce fama continental dos anos. Viva e festiva expressão onde cada parágrafo eclode em vigoroso brinde a reflexão lírica.
De como lapida, empolgante, tanta harmonia germinada de manancial cristalino, humano tingido pelo idioma das tardes e crepúsculos. Os versos refinando graça à plenitude laica. São tão fortes os espíritos que derramam piedade ao Deus comum, equivocado em realidade, e nascido da imaginação abrasadora.
Definitivas páginas! Tão marcantes! Inconfundível honestidade no exame das ilusões que encena, e como sonha cores, nesse colorido latino de impulso a fantasia deliciosa onde paira. Miniaturas de pássaros são teus olhos que transbordam de afeição ao som alegre da miragem. Escreve, invoca, jura e obtém pelos desvãos, na flor da água a legibilidade fantástica de cada oração decorada de sentido forte.
A saia grossa, pensa na cintura, segue enquadrando a esbelta figura de beleza rara. Da blusa aberta o verão explode luz, baralhando a solidão de agora. Mesmo assim escreve o som entre ruídos do passado entre imagens fotográficas que nascem para tripular a consciência com seus poemas incrivelmente belos.
Sem abandono, sem adeus.