`Á um certo Professor! ( Sérgio Adolfo)

É muito fácil esquecer o Dia do Professor, quando não se é um professor. E eu havia esquecido. Mas, ao abrir minha página de recados, percebo que algum me enviou uma mensagem de agradecimento, por algo que nem me lembrava de ter ensinado.

A mensagem sim, me fez pensar. Páro diante da telinha, e rebusco em minhas lembranças, os meus mestres, um dia tão queridos, e às vezes nem tanto. Quanto tempo se passou? Por onde andam? Vivos, idos?Aposentados, com ceteza!

Mestres de outros tempos. Mestres do tempo em que sua presença era autoridade. Do tempo em que sua atenção se fazia necessária.

De todos os mestres no decorrer da vida, apenas alguns teimam em permanecer na mente, nas lembranças, e se é assim, com certeza se fizerm marcantes.

Nunca fui amante de números, nem de fórmulas e são exatamente os mestres matemáticos e químicos que permaneceram, dada a insistencia, e a habilidade, para que eu degustasse com maior prazer tais matérias.

MAs, vida que segue, e muitos mestres aparecem, desaparecem, corrigem, intronizam, de alguma forma. E reconhecê-los não é tarefa das mais fáceis.

No afâ de agradar, busco entre amigos, aqueles que seriam ou poderiam ser meus mestres. Injustiças cometidas, escolho um, para homegear com essa pequena cronica. Meu dever-de-casa, feito Às pressas, ainda no pátio, mas já sem o temor do castigo.

Escolho, talvez, aquele que tão distante, me ensina com sua forma, sutil, irônica, teimosa ,coisas até tão pouco tempo inimagináveis ao meu conteúdo escolar.

Mas ele está ali, tentanto, cumprindo o seu mister, mesmo sem esperanças de ver sua aluna diplomada. Uma lição hoje, um estímulo amanhâ, e por aí vai.

Sem hora marcada, sem aulas preparadas, sem cadernos e livros, apenas o papo amigo. E vou aprendendo.

Confundo por vezes. Onde termina o mestre, onde começa o amigo. Confusão natural .

Aguardo.....

E na telinha, devidamente conectada, aguardo o momento dos portões se abrirem. Toca o sinal. O mestre chegou!