A GREGOS, TROIANOS, E FRANCANOS

Era o primeiro domingo do ano.

Acordei bem disposta, com o sol maravilhoso.Tomei

um café da manhã gostoso com as sobras do panetone

do Ano Novo e comecei o almoço.

Uma saladinha caprichada para começar, uma travessa

de bife à parmegiana e a macarronada com muito queijo

parmezão.

Meus filhos colocaram a mesa com carinho e chamaram

o pai para que se sentasse.

Pedi então que colocassem uma música, mas eles não

entravam em acordo quanto ao gênero musical:

Meu filho com vinte anos, gostava da música quase clás-

sica de Erick Sati; ou os acordes estranhos de PinK Floyd.

Minha filha aos dezesseis preferia Marisa Monte e Djavan.

Meu esposo, as músicas sertanejas e eu gostava de Ray

Conniffy, de sambinhas ou alguma melodia da MPB.

Nesse impasse resolveram não colocar nada e

começamos a almoçar em silêncio. Fui ficando triste, mas

nada falei, achei que eles tinham direito a certas atitudes...

Seria quase um protesto, eu sei...

Mas de repente um som maravilhoso invadiu a sala. Repeti-

tivo e agradável, suave...

Nós nos entreolhamos e fui então em direção àquele som.

Era de fato um passarinho cantando na vizinhança!

Uma linda trilha sonora, que agradava a Gregos, Troianos,

Mexicanos.... e por que não? Francanos!

Ficamos surpresos e ao mesmo tempo agradecidos a Deus

e à Natureza que nos trouxe aquele delicado ser para ale-

grar nosso almoço!

Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 14/10/2009
Código do texto: T1866168
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