PEQUENA HISTÓRIA DA MÚSICA
 

            A história da música antiga, ou seja, entre os egípcios, os hindus, os hebreus e os gregos, e baseada nos instrumentos primitivos, nas gravuras e pinturas encontradas nos monumentos e nas pirâmides egípcias tem aí o seu começo conhecido, “mas nada se pode afirmar sobre a música com precisão, visto como a divisão de suas tonalidades em tons e semitons, e quartos de tons, indicados e anotados nos antigos hieróglifos, perderam a sua verdadeira expressão nas trevas do passado”.
            “Contam os poetas gregos e latinos que a música antiga era mais bela. De acordo com a lenda, a cidade de Tebas teria sido construída aos sons harmoniosos da lira de Apolo... E os rios e os animais ferozes se detinham para ouvir os acentos e a melopéia da lira de Orfeu.
            Entre os hindus, conta-se, havia o Rag, (hino do fogo), da chuva e do sol. Quando se cantava o Rag do fogo, apareciam labaredas; o Rag da chuva executado em pleno verão, fazia chover, e o do sol transformava o inverno em verão. “Coisas lendárias...”
            Com os gregos a música entrou no domínio das ciências: foram estabelecidas regras especiais para o ritmo e para a melodia.
            A notação musical no início era baseada nas 24 letras do alfabeto: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R. S. T. U. V, X, Y, Z Mas os gregos alteraram para 1600 notas ou sinais, e cerca de cinco anos eram necessários para se aprender música.  No passar dos séculos ocorreram interferências com mudanças, mas, parece que a Grécia foi o BERÇO DA CIVILIZAÇÃO.

            No século IV da era cristã, para divulgar a música em Roma, o cônsul Boecio reduziu essas 1600 notas às quinze letras do alfabeto latino: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O.

          No século VI o papa São Gregório Magno, introduziu nova reforma na notação musical, reduzindo as notas a sete notas, dando-lhes o nome das sete primeiras letras do alfabeto: A, B, C, D, E, F, G.
“A ‘primeira oitava’ era indicada com letras maiúsculas, a ‘segunda’ com letras minúsculas e a ‘terceira’ com minúsculas dobradas.”


          
Nesta terça-feira, 13 de outubro de 2009, sintonizada ainda com o ar de brisa fresca de um pequeno bioma perfeito de mata atlântica, acordei no Rio e cantarolei. Fui pra janela olhar lá fora a vegetação carioca e os sinais vizinhos da cidade; olhava e sentia ainda a brisa do feriadão. Comecei a usar a voz, inventando sons, criando música e  me deliciando com os sons produzidos pelas minhas cordas vocais, garganta, diafragma e alma. Cantava um bom dia para mim e para você também. 
          A vizinhança calou. No silêncio feito, criei sons e tons.  Music.

MLuiza Martins