O RIACHO GRANDE E O CARRO QUE NADA
Melhor idéia para aquele feriado ensolarado não havia; minha esposa e eu almoçando um belo pescado frito num restaurante às margens do Riacho Grande.
Tiramos o carro da garagem, coloquei Loreena como trilha sonora e descemos a Anchieta; e lá pela altura de São Bernardo, começamos a ver as nuvens.
Orei: "Ó nuvens, vê lá: não estraguem o nosso feriado!"
O claro tornou-se escuro, as nuvens choravam pingos pesados no vidro do carro.
- Vamos voltar? – ela perguntou.
- Nem pensar! – Respondi – Vai passar, vai passar!
Não passou.
Descemos até o Riacho, o mundo balançava para tudo que é lado; o lago do Riacho Grande ensaiava um Tsunami.
- Acho que é melhor voltar! – falei, enfim.
Auri olhou-me irada, mas conseguimos dar a volta no último retorno, antes do caminho do mar. Uma centena de carros fazia o mesmo. Eu agora rezava para que não tivessemos que descobrir que carro não nada!!!