DE ORDEM DIVINA (espiritualista)

DE ORDEM DIVINA

Deus disse, é bíblico, “Crescei e multiplicai-vos”. É da natureza. Ninguém foge dessa máxima. Tudo converge para a procriação e a conservação da espécie. Nos três elementos de que temos notícia científica, o ser humano, os animais brutos e os vegetais, todos eles cumprem essa lei, que é a lei do progresso. Pois vejamos, em ordem invertida, os vegetais. A árvore já foi embrião dentro da semente que a gerou. Porém, para que esse embrião existisse, houve necessidade dos polens para fecundar o órgão feminino da flor. Perdoem-me os entendidos. Não sou versado em botânica. Se não são esses os termos corretos para a polinização, são, no entanto, analógicos. Portanto, a natureza encarrega-se de cumprir a ordem dada, pois não existem mistérios. Tudo acontece ao natural.

Os animais brutos, todos eles, do maior ao mais infimamente pequeno inseto ou bactéria, cujos hábitos são do elemento sólido ou líquido, todos, sem exceção, procriam-se ou se multiplicam, cada um atento ao seu modelo genético. E é novamente a própria natureza que indica o tempo certo para isso acontecer, e como vai processar-se.

Chegamos, agora, ao homo sapiens, que, desde sempre, foi a privilegiada criação do Divino Arquiteto. É aí que vem o ponto polêmico, por alguns contestado, mas, que também tem o seu fundo natural. Enquanto as religiões falam em fornicação e adultério, essas coisas nada mais são que obediência natural do instinto que, no reino animal, aqueles direcional somente para o ato de procriação (natureza) e estes o usam para o prazer.

Mas a presente reflexão não a direcionamos para o campo de contestar essa ou aquela atitude. O cunho moral a que se dirige, não é o lado moralista, e sim, direcionado à sua finalidade. Enquanto animais, eles não se preocupam em satisfazer essa finalidade: a finalidade da lei divina, lei do amor. Simplesmente e por instinto, preocupam-se com a conservação da sua respectiva espécie. O homem, entre tapas e beijos, também o faz, não por mero instinto, mas muitas vezes, por mero prazer. A alavanca é quase sempre o casamento por conveniência (juntar duas fortunas), ajudada, essa alavanca, pela possibiliade de "formar um belo par", com culturas e belezas físicas iguais, lindos olhos e, se puder, serem avaros os dois. Só mínima porcentagem de casais leva em conta a finalidade. específica e divina da criação. Nem suspeitam muitos desses casais que, para cada corpinho que geram dessa maneira aqui na terra (como em outros mundos habitados, que os há muitos), Deus tem uma criação sua, espírito ou alma, como a quisermos denominar, as mais das vezes, muito antiga, para habitá-lo. Esta é a única finalidade natural com que Ele previu a regeneração, a educação e o progresso moral e intelectual dos espíritos, que foram todos criados ignorantes, para eles, com seu livre arbítrio, purificarem-se e fazerem, por fim, parte do seu exército de escolhidos.

É chegado o dia 12 de outubro que, pela lei dos homens, foi dedicado a homenagear a criança. Mas essa homenagem terrena não resgata a finalidade e necessidade de essa criança ter pai e mãe. Há de, segundo a formação moral de cada participante do ato sexual que, como dissemos, em sua maioria reveste-se do prazer, atentar para essa realidade: quando nasce um filho (desejado ou não, isso não inverte essa ordem), pequenino, mimoso e frágil, recebe também em seus braços um espírito, igualmente principiando mais uma etapa da sua vida terrena. Essa vida é direcionada à expiação das culpas contraídas anteriormente para sua purificação moral ou, em poucos casos, de um espírito já puro que, como missionário, recebe uma nova e nobre missão, que deve ser cumprida para o adiantamento moral da humanidade. Exemplos desses espíritos, adiantados em sua moral, que receberam missões diversas, conhecemos alguns, quais sejam: Dalai Lama, Allam Cardek, Chico Xavier, Madre Tereza e Calcutá, Papa João Paulo II e outros.

Essas coisas já as revelou o Divino Mestre – o Cristo – nos livros sagrados, mas, a maioria absoluta das religiões cristãs não as entendeu. Cabe aos pais a grandiosa missão de educar os filhos, não só na cultura das ciências, mas, também, na iniciação da cultura moral e religiosa e, se possível, responder a pergunta, que neles está latente – quem sou; donde vim e para onde vou – respostas só encontradas, com divina clareza, na Doutrina Filosófica e Científica Espírita, com a decodificação das parábolas de Jesus.

Salve 12 de outubro, dia internacional da criança e dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 11/10/2009
Reeditado em 11/10/2009
Código do texto: T1860030
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.