Aos pedidos, sorrisos
A todos que me dizem “Bom dia”, “Boa tarde”, “Boa noite”, eu dou-lhe outro em felicidade. É bom quando sorrimos, desejamos aos quatro cantos nosso conjunto de dentes, e aliviamos a dor diária de um noticiário, dum amigo perdido, do salário que se foi. É tranqüilo tanto pra você quanto para quem lhe vê. A emoção e a alegria em poucos segundos revivem a infância, estripulias que nem cogitamos fazer agora.
Vai dizer-me que brincas de esconde-esconde?...duvido e aposto. Ao menos encontre no seu ente querido, seu amigo. Marque visitas na casa de seus pais, ou então as faça repentinamente. Apareça de supetão, leve um presente. Ofereça aquilo que não leva etiqueta, e não se expressa por algarismos ou letras miúdas. Dê um forte abraço, um aperto de mão ou apenas um agrado.
Contudo, é importante que se faça despreocupado, nem medido pela reciprocidade. Dár-se á vida alheia, como órgão vivo num corpo nu; como sangue ainda quente numa veia intacta sua. Assim como um poema novo, nunca notado por seu autor e ressuscitado por outrem nas bugigangas duma mudança.
Realize os sonhos de infância, se adulto, até mesmo o da maturidade. Não se deixe envelhecer ao clareamento dos fios defronte ao espelho. Faça revivê-los à luz do dia, juntamente com aqueles seus tênis, numa proveitosa caminhada.
Realize seus pedidos. Apague as velhinhas do seu filho. Peça! Dê. Realize.
Enfim, faça com que meu pedido se realize no seu sorriso. Em ser por um instante, humilde, solidário. Por favor? Obrigado!
Texto produzido em 7 de Julho de 2005