Corra, o tempo voa!

O tempo vai passando, passando,

e nós nos esquecemos da nossa " finitude".

Trabalhei uma época, na Secretaria de Educação do Estado da Bahia.

Um dia, chegou do interior, uma senhora ainda jovem, que veio trabalhar conosco.

Apesar da aparência jovem, tinha os cabelos bastante grisalhos, e nós, depois de ficarmos mais à vontade, insistíamos com ela que pintasse o cabelo.

Ela respondia que não ligava, "queria aceitar a velhice sem subterfúgios"!

Certa manhã , chega ela toda transformada, linda! Nós cantamos

parabéns pelo seu "new look". Ela então explicou a causa da resolução:

não sabia dirigir em Salvador, e como estava estudando, comprava vales transporte para baixar os custos das passagens.

No dia anterior, ela estava na fila para obter os vales. De repente, como a fila estava muito grande, o despachante chegou na porta e falou: só vou atender "até aquela velha ali" e apontou para ela!

Foi assim que caiu "a ficha" da minha colega.

Comigo aconteceu fato semelhante: estava na fila do Bradesco para receber salário, pagar as contas etc.

o Banco estava cheio, um tumulto grande pela quantidade de pessoas.

Não mais que de repente, chegou um funcionário para por ordem

no "galinheiro", apontou para mim e falou:

Senhora, "a fila dos idosos" é do lado de lá, e indicou então

uma fila de velhinhos!

Achei um despropósito, e indignada, fiz que não ouvi, continuei onde estava.

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zaque
Enviado por zaque em 10/10/2009
Reeditado em 17/10/2009
Código do texto: T1859237