Psicologia e Ética

Psicologia e Ética

O conceito de ética evoca uma demarcação entre o bem e o mal.

Está vinculado à idéia de julgamento da conduta das pessoas na relação com as outras e a natureza. O compromisso com o bem, a responsabilidade com valores: familiar, social, religioso, do trabalho, das Instituições. Avalia o comportamento em termos de maior ou menor adequação em relação às regras sociais. Neste aspecto, exerce uma função conservadora, pressionando para a conformação com a moral social.

Ao mesmo tempo, é um conceito dinâmico, acompanha as constantes mudanças e transformações dos costumes da sociedade ao longo dos tempos. Já não soa tão estranho a liberdade entre filhos e pais; nem o agarra agarra das telenovelas!

Fica mais visível na mídia, seja na abordagem dos escândalos do sistema político, seja na cantilena de marketing empresarial: empresas amigas de crianças, amantes do meio ambiente, defensoras de desvalidos, engrossando seus ativos com lucros de posturas eticamente corretas!

De maneira bem simples, ÉTICA é o “manual de conduta humana” em todas as dimensões do convívio social.

Ética é sempre limite.

Quero lembrar outro aspecto da ÉTICA. A ética pessoal.

Tudo aquilo que serve para a dimensão social é importante para a vida pessoal. É preciso ter cuidado, compromisso, responsabilidade com o corpo, com a saúde mental.

É preciso ter condutas e atitudes que não exponham a riscos desnecessários. Exemplos do que tento comunicar: usar e abusar de cigarros, bebidas, drogas, remédios; dirigir em situação perigosa; alimentar-se de maneira inadequada; privar-se deliberadamente de tratamento; privar-se de contato social; submeter-se a situações vexatórias, de violência, etc.

A ética pessoal deve ser uma preocupação com a qualidade da vida, a busca do gozo de desejos, na dimensão social.

Não que não se possa fazer diferente. Aliás a evolução pessoal e cultural necessita de transgressões. O que se cogita é a transgressão, a realização de desejos, além do impulso de morte.

Como disse um jovem paciente, até o “chulo tem limite”.

É certo que o jovem estava a repreender sua instância irrequieta, o seu “a-ético” inconsciente.

Joao dos Santos Leite
Enviado por Joao dos Santos Leite em 10/10/2009
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