Tarde Com Estranha
Voltando de um determinado lugar que não convém eu dizer no momento, na subida de uma avenida não tão muito longe, sem dinheiro pra voltar de condução, pelo menos me exercitei e o pior: transpirei como um condenado.
O melhor foi a paisagem avistada na hora da subida, uma moça, calça jeans, andar não tão muito apressado, uma bolsa, uma sacola, um celular, minha pressa desvairada fez com que eu a ultrapassasse na caminhada, me arrependi do que fiz depois que vi que era ela exuberante, uma blusa encobrindo a comissão avantajada, sem decotes enfim, dei uma parada, sentei, coisa de segundos, voltei, queria que voltasse naquele começo, ela na minha frente, mas isso só foi acontecer depois que o farol abriu e tive que esperar ele fechar para atravessar, aí ela se aproximou, muitos cruzamentos, e num desses repliquei a ela do meu lado:
- Aqui é ruim de atravessar viu...
Acho que foi isso ou coisa do tipo, só nós dois, juntinhos, logo depois caminhamos já conversando, conversamos pouco mas conversamos, falamos do tempo, dos faróis, o motivo da minha volta a pé, e o motivo dela a andar por aqueles arredores, e tudo acabou quando ela em tom alto disse:
- Tchau
E eu segui e ela parou num lugar, numa empresa, não sei ao certo, cinco e vinte da tarde por aí, foram minutos excitantes, de suor e palavrinhas, talvez eu nunca mais a veja mas dessas conversas com estranhas moças bonitas, ah disso não abro mão.