O ENEM das “Notas” Superfaturadas! (Onde tem prova não falta fraude)

Ouvi recentemente que o país gastou mais de 132 milhões de real na refacção da prova do ENEM de 2009! E todo ano é a mesma história. Tudo aconteceu por que alguém queria “colar”. Enquanto eu pensava que o hábito de “colar” era coisa inocente de criança na escola, vejo agora um problema seriíssimo. É emocionante, ou melhor, digno de lágrima, saber que tantas pessoas irão pagar pelas consequências de uma prática ensinada, não oficialmente, diga-se de passagem, mas bastante aceita na escola. Uns professores mais inovadores, vendo sua impotência diante da prática, unem-se e divulgam a “cola educativa”, instituindo a prova de pesquisa, incentivando o fazer “cola” como método de estudo, portanto permitindo. E se defendem: a água roubada é mais gostosa! Assim nem é difícil arranjar argumento para defender a "cola" diante da avalancha incontrolável desse ato irresponsável na escola pública que faz muitos passarem de série e apenas isso.

Como já disse Claudeko: "Idiotas, os que "colam" e se tornam eternos parasitadores. O idiota, também, tenta disfarçar seu embaraço diante de uma crítica mordaz, pedindo uma sugestão porque não percebeu no substrato o encaminhamento da solução." Aqui estou fazendo o papel mais de tolo do que de sábio, por conveniência, pois lhes ofereço a seguinte sugestão: que se elimine a prova. Quando sentirmos quão inútil é a prova para indicar resultados reais, que esse ato opressivo seja substituído por outro, quem sabe, um relatório argumentativo, este como único instrumento suficiente para a promoção do formando, confeccionado em entrevistas individuais, nas quais o próprio aluno mostrará o quanto domina os conteúdos vistos em aulas. Que o professor comece por libertar-se a si mesmo da mesquinhez e da insensível indiferença aos transtornos morais e educacionais da “prova escrita e sem consulta”: mera fachada, deixem que apenas o ENEM cuide das “notas”.

Em vez de estarmos tão frequentemente emparelhados com as armadilhas e “peguinhas” das questões de prova, deveríamos “cair na real” e obedecer a “Progressão Continuada”, respaldados na LDBEN, que já acontece descaradamente a despeito do contrassenso e do freio da prova.

Não é para rir, mas existem muitas técnicas menos dispendiosas que comprar o gabarito do ENEM: uma aluna nossa do Ensino Médio usava as nádegas de seu bebê para colar, repetidas vezes ela ia ao carrinho, então pensávamos que ela ia limpar a criança, mas ela estava mesmo era lendo o que havia escrito na "bundinha" inocente do filho. Onde tem prova não falta fraude, saída natural para quem tem uma mente lerda e está pressionado ao limite. É! Mas, minhas reflexões são emocionantes somente para aqueles que sabem que estão perdidos.

Que sabotagem é essa que nasceu na escola? (http://www.apeoc.org.br/noticias2/34-ultimas-noticias/1257-depois-da-fraude-o-enem-2009-custara-132-milhoes-de-reais.html). Acessado em (29/11/2014).

Quando o professor está ali para vigiar o aluno, não deixando colar, e ele sobretudo cola, então o educador nunca é eficiente no papel de avaliador, nesse caso, os resultados não são reais. A arte da cola é maior e mais apurada do que a arte de ensinar!