RELATOS INACREDITÁVEIS - 1
RELATOS INACREDITÁVEIS
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Alguém me fez o seguinte comentário...
Estava ele na fila de um hospital na cidade de Belo Horizonte, ao seu lado, um senhor, aposentado, ambos à espera de uma consulta.
Começaram a conversar...
O senhor tinha o apelido de “João do Caixão”. Perguntado por que tinha tal apelido, a explicação:
— Eu sempre trabalhei carregando defuntos pelo Brasil... sic...
Dava banho em defuntos, preparava os defuntos e aos poucos foi auxiliando o médico que faz a necrópsia... e comecei a aprender um pouco... já até fazia certos procedimentos...
Com o tempo aprendi mais... quando o médico estava cansado ou o movimento no hospital estava fraco pela madrugada, ele ia embora e me deixava sozinho. Na cidade onde trabalhei tem uma BR muito perigosa que atravessa a cidade e dá muito acidente de trânsito. O médico me explicava:
— Se for acidente de trânsito coloca na fixa que a “causa mortis” é politraumatismo, viu! Você já sabe abrir o defunto, o que estiver bom, manda para as universidades, faculdades...
Indagado se o defunto não ficava com a barriga murcha... veio a resposta...
— A gente abre o cara, tira tudo... põe ele no chão e pega uma mangueira e lava ele todo, por dentro e por fora... o chão fica todo cheio de sangue... é como lavar um porco... e então, a gente enche a barriga dele de jornal, das roupas dele, usa os sapatos dele, qualquer coisa que dê volume... coloca formal e costura e pronto!
— Mas se se fizer um exame... uma exumação do cadáver depois... vão descobrir que o defunto está cheio de jornal, etc...
— A gente faz isso com pessoa mais simples... pobres... com um pobre coitado... se a pessoa for mais conhecida... tem uma bexiga de borracha que a gente enche de ar e coloca na barriga dele e coloca formol e pronto!
— E se for uma pessoa rica, conhecida...
— Bem, aí a gente não mexe... quem faz a necrópsia e o doutor... eu não mexo.
— Quer dizer então que enterra uma pessoa cheia de sapatos, roupas velhas, jornal...
— Tá morto mesmo, meu... você acha que pobre vai ter dinheiro para fazer uma exumação! O defunto tá lá, todo vestindinho, cheio de sapatos, roupas, jornais, alguém vai abrir o defunto e ver o que está dentro dele!
Fim.