As Crianças aprendem o que vivenciam
As datas comemorativas tradicionais são sempre um desafio para qualquer escola, pois demanda tempo para planejamento, preparação e execução do planejado e, nem sempre o planejado acontece, mas, até chegar o DIA, toda escola se envolve, saboreando em clima de festa o momento especial da comemoração.
“Tudo apelo comercial” diz a voz da razão, mas tente convencer a meninada que não vai comemorar seu dia... e é por isso que pais, mães, avós e escolas capricham nos preparativos do acontecimento e todos vivenciam momentos de rara emoção e beleza, por mais simples que seja a comemoração.
Da infância, trago a lembrança calorosa dos piqueniques à beira do rio Paraíba, toalha xadrez estendida na grama, o lanche simples partilhado por todos que ali estavam, a algazarra do banho, as brincadeiras de corrida de saco, cabo de guerra, pau-de-sebo e quebra-pote.Inesquecíveis momentos de alegria que marcaram minha alma de menina de interior, que amava sua escola e tudo que a cercava.
Como educadora, organizei tantas, como mãe, fui a muitas, mas sempre fui de opinião que as escolas deveriam canalizar pedagogicamente, com mais afinco, a energia positiva em torno dessa alegria. Não apenas a festa pela festa, mas a festa como espaço educativo para vivenciar o prazer e a alegria, a partilha, a solidariedade, a aprendizagem significativa, lições que certamente estão fora de muitos currículos, de muitas práticas escolares.
Foi com muito prazer que recebi o convite da Escola de Ensino Fundamental Manoel Pedro dos Santos, através de Ana Amélia e Sônia, respectivamente diretora geral e coordenadora pedagógica desta escola da periferia de Maceió, para abrir as comemorações da SEMANA DA FAMILIA NA ESCOLA, idéia brilhante para homenagear as crianças pela passagem de seu dia.
As duas são amigas queridas, colegas que já estiveram em minhas turmas de formação e resolveram juntamente com a equipe da escola, festejar, incluindo aos momentos de cultura e lazer, palestras para pais, mães e alunos. Questões sobre indisciplina, práticas de combate a violência, estatuto da criança e do adolescente, diálogo família e escola estarão no debate da escola em meio às programações culturais e esportivas planejadas para todos.
No meu diálogo com os pais e mães fiz a opção por trabalhar um pouco os papéis que ambos, pais e escola, desempenham na ação de educar. Abri lendo um poema que considero muito significativo para pais e educadores, tecendo considerações em relação ao ato de APRENDER A SER pai e mãe, a ser educadores comprometidos com as vidas sob nossa responsabilidade.
O poema em questão é título do livro AS CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVENCIAM*, que recomendo para pais e professores com o intuito de ajudá-los na tarefa prazerosa, mas árdua de ser educador em um mundo em que valores fundamentais para a formação da humanidade estão em cheque. Cada capítulo do livro é uma frase do poema e aborda com reflexões e exemplos temas como o respeito, a tolerância, o amor, a autoestima, entre outros.
O aprendizado de ser pai e mãe é constante. O papel de educador/a, tarefa primeira de todos que conscientemente ou não assumiu maternidade e paternidade, é importante demais para ser banalizada. Cabe a nós a responsabilidade da formação de seres humanos e o exemplo de vida, as nossas atitudes e postura ética calam mais fundo nas almas de nossos filhos e filhas que belas palavras vazias de sentido, sem a emoção necessária ao desempenho de papéis de quem se compromete, de quem ama e respeita a si e ao outro.
Obrigada a escola Manoel Pedro pelo acolhimento e respeito a seus alunos e a todas as pessoas que contribuíram com seu trabalho para a realização desta atividade.
O poema, Senhoras e senhores!
AS CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVENCIAM
Dorothy L. Nolte
Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar.
Se convivem com hostilidade, aprendem a brigar.
Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.
Se as crianças convivem com a pena, aprendem a ter pena de si mesmas.
Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.
Se convivem com a inveja, aprendem a invejar.
Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa.
Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.
Se as crianças vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.
Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar
Vivenciam-se a aceitação, aprendem a amar.
Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas.
Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.
Se as crianças vivem partilhando aprendem o que é generosidade.
Se convivem com a sinceridade, aprendem o que é veracidade.
Se convivem com a equidade, aprendem o que é justiça.
Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é respeito.
Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si mesma e naqueles que as cercam.
Se as crianças convivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver.
*Ficha técnica
CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVENCIAM - O PODER DO EXEMPLO DOS PAIS NA EDUCAÇAO DOS FILHOS
NOLTE, DOROTHY LAW e HARRIS, RACHEL - Editora Sextante, 7ª edição
Sinopse
Com mais de 2 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, 'As crianças aprendem o que vivenciam' se tornou referência por apresentar um conceito simples e claro sobre educação: as crianças aprendem o tempo todo com o exemplo dos pais. Seus filhos estão sempre prestando atenção em você. Talvez não ao que você lhes diz para fazer, mas certamente ao que de fato vêem você fazer. Este livro vai levar você a refletir sobre o exemplo que está dando aos seus filhos. Ele traz ensinamentos fundamentais para que os pais ajudem as crianças a lidar com o medo, a hostilidade e a inveja, assim como a desenvolver a autoconfiança, a coragem, o senso de verdade e justiça, o amor e o respeito pelos outros. E não há presente maior para os pais do que assistir ao desenvolvimento da personalidade dos filhos, ver sua beleza brilhar no mundo e saber que contribuíram de modo essencial para a felicidade deles. http://www.martinsfontespaulista.com.br
As datas comemorativas tradicionais são sempre um desafio para qualquer escola, pois demanda tempo para planejamento, preparação e execução do planejado e, nem sempre o planejado acontece, mas, até chegar o DIA, toda escola se envolve, saboreando em clima de festa o momento especial da comemoração.
“Tudo apelo comercial” diz a voz da razão, mas tente convencer a meninada que não vai comemorar seu dia... e é por isso que pais, mães, avós e escolas capricham nos preparativos do acontecimento e todos vivenciam momentos de rara emoção e beleza, por mais simples que seja a comemoração.
Da infância, trago a lembrança calorosa dos piqueniques à beira do rio Paraíba, toalha xadrez estendida na grama, o lanche simples partilhado por todos que ali estavam, a algazarra do banho, as brincadeiras de corrida de saco, cabo de guerra, pau-de-sebo e quebra-pote.Inesquecíveis momentos de alegria que marcaram minha alma de menina de interior, que amava sua escola e tudo que a cercava.
Como educadora, organizei tantas, como mãe, fui a muitas, mas sempre fui de opinião que as escolas deveriam canalizar pedagogicamente, com mais afinco, a energia positiva em torno dessa alegria. Não apenas a festa pela festa, mas a festa como espaço educativo para vivenciar o prazer e a alegria, a partilha, a solidariedade, a aprendizagem significativa, lições que certamente estão fora de muitos currículos, de muitas práticas escolares.
Foi com muito prazer que recebi o convite da Escola de Ensino Fundamental Manoel Pedro dos Santos, através de Ana Amélia e Sônia, respectivamente diretora geral e coordenadora pedagógica desta escola da periferia de Maceió, para abrir as comemorações da SEMANA DA FAMILIA NA ESCOLA, idéia brilhante para homenagear as crianças pela passagem de seu dia.
As duas são amigas queridas, colegas que já estiveram em minhas turmas de formação e resolveram juntamente com a equipe da escola, festejar, incluindo aos momentos de cultura e lazer, palestras para pais, mães e alunos. Questões sobre indisciplina, práticas de combate a violência, estatuto da criança e do adolescente, diálogo família e escola estarão no debate da escola em meio às programações culturais e esportivas planejadas para todos.
No meu diálogo com os pais e mães fiz a opção por trabalhar um pouco os papéis que ambos, pais e escola, desempenham na ação de educar. Abri lendo um poema que considero muito significativo para pais e educadores, tecendo considerações em relação ao ato de APRENDER A SER pai e mãe, a ser educadores comprometidos com as vidas sob nossa responsabilidade.
O poema em questão é título do livro AS CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVENCIAM*, que recomendo para pais e professores com o intuito de ajudá-los na tarefa prazerosa, mas árdua de ser educador em um mundo em que valores fundamentais para a formação da humanidade estão em cheque. Cada capítulo do livro é uma frase do poema e aborda com reflexões e exemplos temas como o respeito, a tolerância, o amor, a autoestima, entre outros.
O aprendizado de ser pai e mãe é constante. O papel de educador/a, tarefa primeira de todos que conscientemente ou não assumiu maternidade e paternidade, é importante demais para ser banalizada. Cabe a nós a responsabilidade da formação de seres humanos e o exemplo de vida, as nossas atitudes e postura ética calam mais fundo nas almas de nossos filhos e filhas que belas palavras vazias de sentido, sem a emoção necessária ao desempenho de papéis de quem se compromete, de quem ama e respeita a si e ao outro.
Obrigada a escola Manoel Pedro pelo acolhimento e respeito a seus alunos e a todas as pessoas que contribuíram com seu trabalho para a realização desta atividade.
O poema, Senhoras e senhores!
AS CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVENCIAM
Dorothy L. Nolte
Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar.
Se convivem com hostilidade, aprendem a brigar.
Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.
Se as crianças convivem com a pena, aprendem a ter pena de si mesmas.
Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.
Se convivem com a inveja, aprendem a invejar.
Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa.
Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.
Se as crianças vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.
Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar
Vivenciam-se a aceitação, aprendem a amar.
Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas.
Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.
Se as crianças vivem partilhando aprendem o que é generosidade.
Se convivem com a sinceridade, aprendem o que é veracidade.
Se convivem com a equidade, aprendem o que é justiça.
Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é respeito.
Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si mesma e naqueles que as cercam.
Se as crianças convivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver.
*Ficha técnica
CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVENCIAM - O PODER DO EXEMPLO DOS PAIS NA EDUCAÇAO DOS FILHOS
NOLTE, DOROTHY LAW e HARRIS, RACHEL - Editora Sextante, 7ª edição
Sinopse
Com mais de 2 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, 'As crianças aprendem o que vivenciam' se tornou referência por apresentar um conceito simples e claro sobre educação: as crianças aprendem o tempo todo com o exemplo dos pais. Seus filhos estão sempre prestando atenção em você. Talvez não ao que você lhes diz para fazer, mas certamente ao que de fato vêem você fazer. Este livro vai levar você a refletir sobre o exemplo que está dando aos seus filhos. Ele traz ensinamentos fundamentais para que os pais ajudem as crianças a lidar com o medo, a hostilidade e a inveja, assim como a desenvolver a autoconfiança, a coragem, o senso de verdade e justiça, o amor e o respeito pelos outros. E não há presente maior para os pais do que assistir ao desenvolvimento da personalidade dos filhos, ver sua beleza brilhar no mundo e saber que contribuíram de modo essencial para a felicidade deles. http://www.martinsfontespaulista.com.br